De março a novembro de 2021, a taxa de mortalidade de pacientes internados no Sistema Único de Saúde (SUS) com Covid-19 caiu 37,3%, graças ao avanço da imunização contra a doença no país. Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, do Ministério da Saúde, e foram publicados em reportagem do portal de notícias “UOL”.

Em março do ano passado, a taxa de mortes de pacientes internados com a doença foi de 26% e, em novembro, ela caiu para 16,3%, sendo a menor desde o início da pandemia, em março de 2020.

Além disso, o tempo de tratamento de quem precisou ficar internado no SUS também está mais curto desde o avanço da imunização. Em outubro, pacientes internados com Covid-19 ficavam, em média, oito dias no hospital. Em novembro, esse período caiu para 6,1 dias. Este dado engloba pacientes que ficaram tanto nas unidades de terapia intensiva (UTI’s) quanto nas enfermarias.

Até ontem (27), o portal de dados do SUS contabilizava 1,6 milhão de internações por Covid-19. O custo total do tratamento de brasileiros chegou à casa dos R$ 9,4 bilhões em novembro.

Ômicron

Mas é importante ressaltar que aqueles dados podem mudar com novas atualizações. Além disso, eles não incluem os casos com a variante ômicron, que tem provocado nova onda da doença.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, os números de novembro, quando muitos brasileiros completaram o ciclo de imunização, mostram a eficácia das vacinas para reduzir os impactos da doença na rede pública de saúde.

“Esse era o grande objetivo da vacina: que ela evitasse a repetição daquele cenário de outras ondas com tantas hospitalizações e mortes. Os números mostram que elas são mesmo efetivas”, disse a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a pediatra Isabella Ballalai.

Mantenha os protocolos sanitários!

Contudo, importante ressaltar que a ômicron tem aumentado o número de internações e mortes no país, principalmente dentre os grupos que não completaram o ciclo de vacinação.

Por essa razão, especialistas recomendam à população brasileira continuar usando máscaras, principalmente as de modelo PFF2 ou KN95, que são mais eficientes para não deixar o vírus passar.

Somam-se às medidas de segurança evitar aglomerações e higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.

Recorde de mortes

Nas 24 horas encerradas às 18h de ontem (27), o Brasil registrou 672 mortes por Covid-19, o equivalente à queda de três aviões de grande porte. Com esse dado, o país soma 625.085 óbitos pela doença.

O número de positivados também vem batendo recorde. No último período avaliado, foram 228.954 novos casos da doença, totalizando 24.764.838 desde o início da pandemia. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).