Notícia
O avanço da vacinação contra a Covid-19 reduziu o tempo de internação de pacientes, tanto nas enfermarias quanto nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que, no primeiro caso, o período caiu de nove para três dias e, no segundo, de 12 para sete dias.
Em entrevista ao portal de notícias “UOL”, o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que, "se tivéssemos nessa onda sem a vacina, seria uma catástrofe, com uma boa parte da população dizimada".
Na segunda onda de contaminações, no começo de 2021, quando a vacinação ainda estava em seu início, o tempo médio de internação de uma pessoa com quadro grave era de nove dias nas enfermarias e 12 dias em UTI.
Além disso, as pessoas internadas têm um perfil diferente do que ocorria na outra onda da doença. Dados de São Paulo e do Rio de Janeiro apontam que a maioria dos internados não se vacinou completamente ou sequer tomou uma dose de imunizante contra a Covid-19.
No estado de São Paulo, segundo dados do VacinaJá, 80,48% da população está com esquema completo (duas doses ou dose única). Em relação ao público infantil, pouco mais de 22% de crianças na faixa dos 5 aos 11 anos recebeu a primeira dose de vacina no estado.
Mais vagas
Apesar de a vacinação estar avançada, a nova onda da doença tem sobrecarregado o sistema público de saúde. Por isso, o governo estadual remanejou 700 leitos usados para outras finalidades. Todos estarão exclusivamente destinados a pacientes com Covid-19 a partir desta semana.
Até sexta-feira passada (28), segundo a Secretaria da Saúde, o estado tinha 11.282 pacientes internados com o coronavírus: 3.770 ocupando leitos de UTI’s e 7.512 em enfermarias.
A taxa de ocupação dos leitos no estado é de 70% tanto em UTI quanto em enfermarias.
A expectativa é que o pico de internações por causa da ômicron aconteça daqui a três semanas.
Maior UTI de Covid do país
No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte do Rio de Janeiro, mais de 90% dos pacientes internados com Covid-19 é de não vacinados ou de pessoas com a vacinação incompleta.
A UTI para Covid do Ronaldo Gazolla é a maior do país, e havia dado alta ao último paciente com coronavírus em novembro de 2021. Em janeiro deste ano, no entanto, os casos da doença voltaram a explodir.
A ômicron aparentemente tem um menor potencial de levar a quadros graves da doença, mas aqueles com maior gravidade internados no Gazolla são os de não vacinados ou com esquema vacinal incompleto. Nos pacientes sem proteção de vacina se vê com nitidez o comprometimento pulmonar severo.
Com informações do UOL e do jornal Extra.