Notícia
O novo prédio do Hospital Pérola Byington está em construção e a mudança para o novo prédio será feita de modo gradual a partir de 1º de julho deste ano. Foi o que disse o diretor da unidade, o médico mastologista Luiz Henrique Gebrim, em reunião com dirigentes do SindSaúde-SP e comissão de funcionários do hospital na tarde de ontem (31).
O novo Pérola faz parte de uma Parceria Público-Privada (PPP), anunciada em agosto de 2019 pelo governador João Doria Jr. e o então prefeito Bruno Covas, com duração de 20 anos. A Prefeitura de São Paulo doou um terreno na Avenida Rio Branco, na região da Luz, para a nova unidade.
O projeto do novo prédio está sendo gerido pela empresa Inova Saúde e, no total, serão investidos R$ 307 milhões, sendo R$ 184 milhões financiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 123 milhões pela empresa parceira, a Inova Saúde, especializada na administração e gestão hospitalar.
O projeto tem deixado apreensivos os trabalhadores e trabalhadoras do Pérola Byington, e inclusive foi tema de três assembleias realizadas nos dias 26, 27 e 28 de janeiro, com condução do diretor do SindSaúde-SP Paulo Moura (Região Central da capital paulista).
Durante as assembleias, foi formada a primeira comissão de funcionários do Pérola, que acompanhará todas as deliberações juntamente com o SindSaúde-SP.
Reunião
Segundo Moura, na reunião com o diretor do hospital foi questionado o que vai acontecer com as trabalhadoras e trabalhadores do hospital quando a mudança acontecer. “Externamos a ele que existem muitos boatos e que é importante que os funcionários do hospital sejam informados corretamente sobre o futuro deles”, disse o dirigente do Sindicato.
Gebrim afirmou no encontro que “todos os trabalhadores” vão para o novo hospital porque “a qualidade do serviço não pode cair”. O governo estadual, segundo o médico, vai entrar com sua frente de trabalho e a organização social que vencer o edital ingressará com recursos humanos complementares.
“O governo do estado, segundo Dr. Gebrim, vai cuidar diretamente dos pacientes e as terceirizadas cuidarão de outros serviços”, disse Moura.
A Inova Saúde, que tem contrato garantido por 20 anos na PPP, deve ficar com serviços de recepção, segurança, nutrição, hotelaria, materiais esterilizados e equipamentos médicos.
Administração mista
O início da mudança está previsto para 1º de julho. A ideia é que o novo Pérola seja um hospital modelo com administração mista.
Todo o remanejamento de pessoal ficará a cargo da área de recursos humanos da Secretaria de Estado da Saúde, que negociará com os funcionários que estão para se aposentar.
De acordo com Gebrim, haverá espaço para acordos com aquelas trabalhadoras e trabalhadores que quiserem ser transferidos para outras unidades da rede pública estadual. “Os cargos serão mantidos, as chefias permanecerão, mas ficou em suspenso se eles ficarão vinculados às organizações sociais ou ao estado”, disse o diretor do SindSaúde-SP.
Embora o diálogo tenha sido aberto, o diretor do SindSaúde-SP comentou que até mesmo Gebrim desconhece muitos pormenores do novo projeto, mas se comprometeu a informar os profissionais da saúde na medida em que souber mais detalhes.
Sindicato em alerta
O SindSaúde-SP continuará vigilante e mobilizado a respeito do novo projeto do Pérola para que nem as trabalhadoras e trabalhadores, nem a população que depende dos serviços desse hospital de referência na saúde da mulher seja prejudicada.
O Sindicato tem sido bastante combativo aos inúmeros projetos de terceirização nas unidades de saúde pública do estado, que avançam mais rapidamente na gestão João Doria Jr. Porém, o SindSaúde-SP não tem força para lutar sozinho. É preciso que os funcionários e funcionárias do hospital estejam mobilizados ao lado da entidade.
Juntos somos mais fortes!