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Profissionais de enfermagem de todo o país estão se organizando para um grande ato, em Brasília, no dia 8 de março, para pressionar a Câmara dos Deputados a colocar em votação o Projeto de Lei 2.564/2020, que institui o piso nacional da categoria. O texto foi aprovado no Senado por unanimidade, em novembro passado, e, até hoje, nem sinal de entrar na pauta da Câmara.
Com forte lobby de empresários do setor de saúde e parlamentares apoiados por esse setor, o projeto de autoria do senador Fabiano Contarato encontra resistência para tramitar na Câmara. O texto foi retirado da pauta no fim do ano passado para ser analisada por um grupo de trabalho.
O relator do GT é o deputado e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que deve entregar um parecer sobre o texto nesta terça-feira (22), e deve colocá-lo em votação na sexta-feira, 25.
O PL fixa um salário-base de R$ 4.750 para jornada de 30 horas semanais aos enfermeiros e enfermeiras, além de 70% desse valor para técnicos (R$ 3.325) e de 50% (R$ 2.375) para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que 85% dos técnicos ganham, hoje, menos do que o piso fixado para eles no PL.
SindSaúde-SP apoia o piso nacional
O SindSaúde-SP apoia o projeto que institui o piso nacional por entender que ele atende a uma reivindicação antiga, de mais de 20 anos, dessas trabalhadoras e trabalhadores, que têm enfrentado rotina extenuante na pandemia de Covid-19 sem serem devidamente valorizados.
Esta é a primeira vez que, de fato, esses profissionais chegam o mais próximo possível de tornar real a instituição do piso nacional, e o SindSaúde-SP está mobilizado no apoio à aprovação do texto.
Com informações do Brasil de Fato