Notícia
Sem nem ter enviado ainda, à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o projeto que institui o reajuste do funcionalismo público, o governador de São Paulo, João Doria Jr., disse ontem (1º), em sua conta na rede social Twitter, que o reajuste dos profissionais de saúde anunciado em fevereiro já está valendo.
Na postagem, Doria escreveu: “A partir de hoje (1º/3), todos os servidores públicos de SP terão aumento salarial: +20% para policiais e agentes penitenciários; +20% para profissionais de saúde; +10% para demais funcionários públicos”.
O reajuste, de 20% para profissionais de saúde da ativa e inativos da área técnica e 10% para os da área administrativa, foi anunciado em 10 de fevereiro. Na ocasião, o governador, no entanto, não deixou claro se o aumento será somente sobre o salário-base ou não.
Em vídeo feito pelo SindSaúde-SP, o secretário de Administração e Finanças do Sindicato, Gervásio Foganholi, explica a farsa do reajuste anunciado, uma vez que vários direitos e benefícios foram retirados dos profissionais de saúde nos últimos dois anos (para ver o vídeo, clique aqui).
Pagamento retroativo
No anúncio do reajuste, o governador disse que o aumento passaria a valer a partir de 1º de março deste ano. No entanto, para que comece a valer, o projeto precisa primeiro ser aprovado pelos deputados estaduais, o que ainda não aconteceu.
À imprensa, o governo de São Paulo disse ontem que o texto do projeto está em fase de ajustes e que será encaminhado à Alesp nos próximos dias.
O governador, no entanto, afirmou que, independentemente disso, pagará o aumento retroativamente ao funcionalismo público do estado incluso no projeto.
Como João Doria tem maioria na Alesp, o projeto deve ser aprovado na Alesp.
Sem restrições
O SindSaúde-SP, que participou das negociações para o aumento salarial aos profissionais de saúde, defendeu, desde o início, que não fosse feita nenhuma distinção entre trabalhadores da área técnica e da administrativa.
A direção do Sindicato vai aguardar e monitorar o texto encaminhado à Alesp, reforçando o seu compromisso de se manter mobilizado para que as trabalhadoras e trabalhadores da saúde não sejam mais prejudicados do que têm sido.
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Com informações do G1.
MaurcioBruno | 02/03/2022 |