Notícia
O SindSaúde-SP participou da 4ª Conferência Municipal de Saúde Mental, sendo representado pelo diretor regional do Sindicato, Silas Lauriano Neto. Os debates foram realizados durante os dias 25, 26 e 27 de março e têm como objetivo construir as diretrizes de políticas públicas voltadas para a saúde mental.
O Sindicato está participando desse debate desde a pré-conferência e das etapas regionais da capital. “Durante as discussões fomos taxativos contra o retorno do tratamento manicomial e medicamentoso”, contou o diretor da região Oeste III pelo SindSaúde-SP e completou: “Acredito que estamos cumprindo nossa tarefa enquanto entidade da saúde e defensora do Sistema Único de Saúde.”
“Nós defendemos que esse modelo não deve voltar a ser colocado em prática. Além disso, defendemos que seja ampliada a lógica de atendimento como a do Caism (Centro de Atenção Integral da Saúde Mental) na saúde estadual, que tem um atendimento humanizado”, disse o diretor.
Discussões anteriores
Na IV Pré-conferência de Saúde Mental de São Paulo das regiões de Perus/Pirituba, que foi realizada em dezembro do ano passado, o SindSaúde-SP defendeu que haja um serviço voltado para o tratamento dos profissionais da saúde. Além da ampliação da oferta dos serviços do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS e do CAPS AD (Álcool e Drogas) para atender à demanda que está ampliando.
“Nós frisamos bem a ausência de um projeto voltado para a saúde mental do trabalhador da saúde. Então, apresentamos como proposta de diretrizes voltadas para todo o município a criação de centros de referência de saúde mental para atender a essa demanda iminente do trabalhador e da trabalhadora da saúde, que estão cansados, exaustos, estafados”, contou Lauriano.
Silas, que também é membro do Conselho Municipal de Saúde na capital, destacou que, apesar das trabalhadoras e dos trabalhadores da saúde estarem em evidência por conta da pandemia, na contramão, o governo do estado promoveu mudanças que aumentaram a sobrecarga dos profissionais. Para o diretor, as sequelas da Covid-19 nos profissionais da saúde podem ser um dos motivos para ampliar a demanda dos serviços de saúde mental, que atualmente já está saturada.
Além de Silas, nas etapas regionais da capital, também participaram pelo SindSaúde-SP, a diretora da região Sul da Capital, Rita Lemos, e a diretora da região ABC/Mauá, Gilvânia Santana.
Próximas etapas
O SindSaúde-SP continuará participando das discussões para a construção da política pública em saúde mental na etapa estadual, que deve acontecer em todo o país até 30 de junho, segundo o Conselho Nacional de Saúde. Já a etapa nacional, a 5º Conferência Nacional de Saúde Mental, será realizada entre dos dias 8 e 11 de novembro deste ano.