Notícia
Organizados pela presidência e pela direção do SindSaúde-SP, trabalhadoras e trabalhadores da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) realizaram ato, nesta manhã (5), em frente à sede da autarquia na região central de São Paulo, cobrando uma resposta do governo a respeito de seus empregos.
Coordenado pela presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, e com participação em peso de diretores e diretoras do Sindicato, alguns dos quais trabalhadores da Sucen, a manifestação contou com a presença do deputado estadual Paulo Fiorilo (PT-SP).
Em seu discurso na manifestação, a presidenta do SindSaúde-SP lembrou que, desde que a superintendência foi extinta pela Lei 17.293/20, o Sindicato mantém tratativas com o superintendente da autarquia, Marcos Boulos, e com a Coordenadoria de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Saúde para cobrar uma definição sobre o que vai acontecer com os trabalhadores e as trabalhadoras, principalmente aqueles contratados via Programação Pactuada Integrada (PPI).
“Nós tivemos recentemente uma reunião com a coordenadora Cida Novaes (CRH), que não nos deu nenhuma resposta sobre se haverá ou não demissões dessas trabalhadoras e trabalhadores. Mas eles não vão nos calar! Nós queremos uma resposta e que seja hoje!”, frisou.
A presidenta ainda lembrou que a Sucen é extinta em um momento em que os casos de dengue aumentam em algumas regiões do estado de São Paulo. “Acabamos de receber a informação de que foram confirmados 2.700 casos de dengue, com algumas mortes, em Votuporanga. É uma situação preocupante, pois a dengue não tem fronteiras, e a população tem que saber disso”, enfatizou.
Luta incansável
A secretária-Geral do SindSaúde-SP, Célia Regina Costa, lembrou que, desde que o Projeto de Lei 529, que originou a Lei 17.293, foi encaminhado à Assembleia Legislativa de São Paulo, em setembro de 2020, a direção do Sindicato esteve na Alesp conversando com parlamentares para enfatizar a importância da Sucen para a população paulista, principalmente para os municípios com menos de 50 mil habitantes que não têm orçamento nem recursos técnicos para combater endemias.
“O tempo todo nós explicamos isso às deputadas e deputados, sobre o papel estratégico que a Sucen tem para a saúde das pessoas no estado de São Paulo, sobre o suporte técnico prestado pela área administrativa, pelas equipes de desinsetizadores, que vão a campo ensinar, educar, dando todo o suporte às prefeituras”, elencou.
Na opinião de Célia, o que o superintendente da Sucen e a Secretaria de Estado da Saúde estão fazendo é “assédio moral” e “tortura psicológica” sobre os funcionários e funcionárias que correm o risco de serem demitidos.
Paulo Fiorilo, que é de Araraquara, disse que lutou dentro da Alesp para que o PL 529 não fosse adiante, mas, como o governo do estado tem maioria na Casa, o projeto acabou sendo aprovado.
“Nós também pedimos uma conversa com o dr. Boulos, ele marcou, mas acabou desmarcando depois. O governo do estado tem um discurso de que é preocupado com a saúde, mas suas ações não refletem isso”, criticou o deputado.
Sindicato ativo
O SindSaúde-SP continuará cobrando do governo do estado e da superintendência da Sucen uma resposta sobre o futuro dos empregos e, também, da autarquia, cujo processo de extinção definitiva está marcado para acontecer este mês.
O Sindicato pede que vocês, trabalhadoras e trabalhadores da Sucen, estejam conosco em mais essa luta, para que tenhamos mais força juntos.
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