Notícia
O boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referente à semana epidemiológica de 3 a 9 de abril, mostra aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 5 a 11 anos, principalmente em consequência da Covid-19.
Conforme o documento, foram registradas 22.645 mortes associadas a casos de SRAG em 2022, com um total de 112.087 ocorrências. Deste total, 55,7% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
Entre os casos positivos no ano passado, 5,4% correspondiam à influenza A; 0,1% à influenza B, 4,4% ao vírus sincicial respiratório (VSR); e 86,1% ao SARS-CoV-2, da Covid-19. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,7% de influenza A; 0,1% de influenza B; 36,7% do vírus sincicial respiratório; e 41,6% de SARS-CoV-2 (Covid-19) (para ver o boletim da Fiocruz na íntegra, clique aqui).
O levantamento mostra que a incidência das doenças respiratórias em crianças tem apontado significativa ascensão desde fevereiro em vários estados. Contudo, a curva de casos indica a possível formação de um platô, o que significa um quadro de estabilização dos níveis altos.
Dados laboratoriais mostram predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório na faixa etária de 0 a 4 anos; e de rinovírus e SARS-CoV-2 na faixa dos 5 aos 11 anos, além de outros vírus, como o VSR, em menor intensidade.
Panorama
As notificações de SRAG no país aumentaram nos últimos anos devido à Covid-19. Em 2020, a disseminação da doença chegou a responder por 97% dos casos com resultado positivo para algum vírus respiratório.
O levantamento ainda traz uma análise para as próximas três semanas (curto prazo) e para as próximas seis semanas (longo prazo). Das 27 unidades federativas, nove registram sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os demais apresentam sinal de queda ou de estabilidade.
“Em todas as localidades que apresentam algum sinal de crescimento, os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil (0 a 11 anos)”, sinaliza a Fiocruz no boletim.
Com informações da Rede Brasil Atual