Notícia
O anúncio do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no último domingo (17), sobre o fim do estado de emergência em saúde pública decretado no início da pandemia de Covid-19, tem provocado reações de entidades de saúde e autoridades médicas.
Na opinião dessas autoridades e entidades, a medida coloca em risco a vida de milhões de trabalhadoras e trabalhadores e da população, pois fragiliza o enfrentamento da maior crise sanitária em cem anos, que segue em alta em países como China e Estados Unidos.
Essas autoridades têm afirmado que a classificação de estado de emergência não é de competência do governo federal e sim da Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz que ainda não é hora de tomar medidas nesse sentido.
Além disso, o fim do estado de emergência em saúde pública compromete o repasse de verba para estados e municípios agirem com políticas de enfrentamento ao coronavírus pois envolve a contratação e compra de insumos, como vacinas e medicamentos.
Em carta aberta assinada por várias entidades, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) diz que o pronunciamento do ministro “não está respaldado pelo cenário epidemiológico nem pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e representa mais uma ação do governo federal contra o povo brasileiro”.
Em outro trecho, a carta diz: “Apesar de acompanharmos com esperança, a redução da taxa de disseminação do vírus, e também a diminuição de novas infecções, hospitalizações e mortes, a epidemia não acabou no nosso país” (para ler o documento na íntegra, clique aqui).
SindSaúde-SP
O SindSaúde-SP, que sempre defendeu a Ciência e o Sistema Único de Saúde (SUS), sugere que sejam mantidos os protocolos sanitários, principalmente o uso da máscara em locais fechados.
Além disso, o Sindicato defende que aqueles que não completaram o ciclo de imunização que o façam, pois essa medida e o uso de máscaras, é a maneira mais segura de nos protegermos.
Ainda temos uma média de cem óbitos por dia da doença, conforme dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Portanto, é necessário que continuemos a nos proteger.