28 de julho: Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
Sindicato unido e forte
desde 1989


    28 de julho: Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    28/07/2022

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Para marcar a data, nas estações do Metrô e da CPTM de São Paulo estão sendo realizadas campanha de conscientização e testagem das Hepatites B e C. Essa ação é efetuada pela Sociedade Brasileira de Hepatologia, em parceria com a Gilead Sciences Brasil.

     

    A data é celebrada em homenagem ao cientista Dr. Baruch Blumberg, que nasceu nesse dia. Foi ele quem descobriu o vírus da hepatite B, desenvolveu a vacina e o teste diagnóstico para o esse vírus. Blumberg ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 1976.

     

     

    Confira as datas da campanha:

     

    27 de julho: Linha 5|Lilás — estação Largo Treze (27/07); das 10h às 14h

    28 de julho: Linha 4|Amarela — estação Luz (28/07); das 10h às 14h

    29 de julho: Linha 9|Esmeralda — estação Grajaú (29/07); das 10h às 14h

     

     

    Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2022

     

    O Ministério da Saúde publicou a nova edição do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, que pode ser acessado aqui.

     

    De acordo com o documento: o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais é um instrumento de vigilância e gestão, elaborado a partir da consolidação de informações acerca das notificações de casos de hepatites A, B, C e D, anualmente atualizado pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DCCI/SVS/MS).

     

    O documento objetiva subsidiar a realização de análises no contexto epidemiológico dos territórios e contribuir para as tomadas de decisão e definições de estratégias de enfrentamento das hepatites virais em todo o país.

     

    A publicação também alerta que: desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, têm-se observado quedas consideráveis em relação ao número de casos notificados, principalmente em relação às hepatites B e C. Restando apenas oito anos para o cumprimento da meta de eliminação, há diversas barreiras que precisam ser transpostas, demandando a revisão das estratégias para amplificação do rastreio, diagnóstico e notificação da população em relação a esses agravos.

     

     

    Tipos de hepatites

     

    As hepatites são consideradas doenças silenciosas, por isso é importante ir regularmente ao médico para fazer os exames de rotina que podem detectar os vários tipos de vírus dessa doença. Quando os sintomas aparecem, geralmente, a doença já está em estágio mais avançado.

     

    As hepatites se diferenciam pelo tipo do vírus, e podem ser denominadas por:

     

    HEPATITE A

     

    A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”.

     

    Transmissão: Fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.

     

    Sintomas: Geralmente, não apresenta. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção.

     

    Diagnóstico: É realizado por exame de sangue. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente as recomendações médicas.

     

    Como se prevenir: Melhorar as condições de higiene e de saneamento básico, lavar sempre as mãos, consumir apenas água tratada, evitar contato com valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto.

     

     

    HEPATITE B

     

    A hepatite do tipo B é uma doença infecciosa também chamada de soro-homóloga, causada pelo vírus B (HBV).

     

    Transmissão: Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.

     

    Sintomas: A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção.

     

    Diagnóstico: É feito por meio de exame de sangue específico.

     

    Como se prevenir: Usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

     

     

    HEPATITE C

     

    A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), já tendo sido chamada de “hepatite não A não B”. O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue.

     

    Transmissão: Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings; de mãe infectada para o filho durante a gravidez; sexo sem camisinha com uma pessoa infectada.

     

    Sintomas: O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, os que mais aparecem são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando a infecção pelo HCV persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica.

     

    Diagnóstico: Depende do tipo do vírus (genótipo) e do comprometimento do fígado (fibrose). Para isso, é necessária a realização de exames específicos, como biópsia hepática nos pacientes sem evidências clínicas de cirrose e exames de biologia molecular.

     

    Como se prevenir: Não compartilhar com outras pessoas nada que possa ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes. Entre as vulnerabilidades individuais e sociais, devem ser considerados o uso de álcool e outras drogas e a falta de acesso à informação e aos insumos de prevenção como preservativos, cachimbos, seringas e agulhas descartáveis.

     

     

    HEPATITE D

     

    A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa.

     

    Transmissão: Assim como a do vírus B, ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, etc), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings;

     

    Sintomas: Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

     

    Diagnóstico: A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis meses). Na infecção simultânea dos vírus D e B, na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Já na infecção pelo vírus D em portadores do vírus B, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite.

     

    Como se prevenir: Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença.

     

     

    HEPATITE E

     

    A hepatite do tipo E é uma doença infecciosa viral causada pelo vírus VHE, mas possui ocorrência rara no Brasil, sendo mais comum na Ásia e África.

     

    Transmissão: Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Como as outras variações da doença, quase não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção.

     

    Diagnóstico: Realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HEV. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas, recomendado repouso e dieta pobre em gorduras.

     

    Como se prevenir: Melhorar as condições de higiene e de saneamento básico, como lavar sempre as mãos, consumir apenas água tratada, evitar contato com valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto.

     

    As hepatites virais são doenças silenciosas e graves. O diagnóstico precoce amplia a eficácia do tratamento, por isso consulte regularmente um médico e faça o teste.

     

    Com informações do Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS

     










Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
Cadastre-se









Sim Não