Notícia
Trabalhadoras e trabalhadores da saúde participaram dos atos organizados pelo SindSaúde-SP, na última sexta-feira (9), em todo o estado em defesa da aplicação do Piso Nacional da Enfermagem. Os(as) profissionais da enfermagem e das demais categorias, que deram seu apoio aos colegas, foram para porta dos equipamentos de saúde, divulgaram cartazes com frases de protesto e de reivindicação, para mostrar à sociedade e às autoridades que não desistiram da luta (veja as imagens ao final do texto).
As mobilizações tiveram início logo no começo da manhã. Entre as unidades da capital que protestaram e apoiaram a mobilização estavam o Caism Água Funda; o Hospital Geral Vila Penteado; o Hospital Regional Sul; o Hospital Geral de Taipas; o CRT/Aids Santa Cruz; o Hospital Ipiranga; o Hospital Maternidade Interlagos; o Hospital de Vila Nova Cachoeirinha; o Ambulatório de Especialidades Ítalo Domingos Le Vocci; o Centro de Convivência e Cooperativas CECCO Padre Manoel da Nóbrega; o SAE DST/AIDS Penha; a UBS Jd. Paraguaçu; a UBS Itaim Paulista; o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros; o Hospital Geral de São Mateus; o Laboratório II São Miguel; o Hospital Geral de Guaianases; e a UBS Itaquera.
No interior, participaram dos atos os(as) trabalhadores(as) do CAIS Santa Rita do Passo Quatro; do Hospital Regional de Assis; do Cais Clemente Ferreira; do Hospital Nestor Goulart Reis; e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto (HCFMUSP-RP), neste último, os(as) trabalhadores(as) abordaram o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que estava visitando o equipamento.
Na ocasião, o secretário de Políticas e Gestão em Seguridade Social, Ricardo de Oliveira, questionou o ministro sobre a falta de iniciativa do governo federal para garantir a aplicação do piso (clique aqui e saiba mais).
Uma só voz
O SindSaúde-SP também participou dos atos unificados, organizados por diversos sindicatos e entidades que representam a enfermagem. O maior deles foi durante o período da manhã, na Avenida Paulista. Os(as) manifestantes caminharam pela avenida e finalizam o ato no vão do Masp.
No interior do estado, o SindSaúde-SP participou dos atos unificados em Bauru, Sorocaba e Ribeirão Preto.
Suspensão do piso
As mobilizações em defesa do pagamento do piso da enfermagem aconteceram concomitantemente ao primeiro dia de julgamento no Superior Tribunal Federal (STF), que está analisando a decisão do ministro Luís Roberto Barroso de suspender o pagamento do piso por 60 dias.
O primeiro ministro a dar seu voto foi Ricardo Lewandowski, que se posicionou favorável à decisão de Barroso. Os outros ministros terão até o dia 16 de setembro, próxima sexta-feira, para votar.
A luta continua
Dia 16 de setembro, que será o último dia de julgamento no STF, o SindSaúde-SP fará um novo ato, desta vez será em frente à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, a partir das 10h, para cobrar que o piso da enfermagem seja incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, conforme o prazo determinado na Emenda Constitucional 124/2022.
O SindSaúde-SP cobrou, por meio de Ofício, que o governo do estado de São Paulo explique quais serão as providências tomadas para aplicação do Piso Nacional da Enfermagem. O documento foi encaminhado para o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB); para o secretário chefe da Casa Civil, Cauê Macris; para o secretário de Saúde, Jeancarlo Gorinchteyn; e para o secretário de Orçamento e Gestão, Nelson Luiz Baeta Neves Filho, no dia 17 de agosto e até o fechamento deste texto, de 12 de setembro, não tivemos retorno.
A aprovação do Piso Nacional da Enfermagem foi uma grande vitória, mas temos que continuar lutando para que ele seja aplicado e que vire referência para a valorização de todos(as) os(as) profissionais da saúde.