Notícia
O SindSaúde-SP apresentou o estudo do modelo de cronograma de folgas ao departamento de Recursos Humanos (RH) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), em reunião realizada no final do mês de agosto. De acordo com informações de trabalhadoras e trabalhadores, já existiam reclamações sobre a quantidade de plantões e folgas, mas o RH apresentava a escala mensal e dizia que estava correta.
A secretária de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do SindSaúde-SP, Janaína Luna Santos e o diretor da região do Quarteirão, Rubens da Silva, representaram o Sindicato na reunião, que também contou com a presença dos(as) delegados(as) sindicais de base do SindSaúde-SP.
“Os funcionários do quarteirão que trabalham por escala, vêm reclamando há um tempo que teriam direito a algumas folgas a mais, só que os RHs mostravam a escala mensal e diziam que estavam corretas. Por isso, o SindSaúde-SP realizou um estudo de escala e descobriu que os trabalhadores tinham razão”, afirmou Rubens.
Ele afirma também que pretende ir em outros RHs para dialogar sobre o cronograma de folgas. “Começamos pelo Instituto Emílio Ribas, levando a Janaína para dar uma oficina e discutirmos juntos com o RH, mostrando onde está o erro. Pretendo fazer isso em todo o quarteirão da saúde”, contou o diretor regional.
O estudo foi realizado pelo Grupo de Trabalho (GT) do SindSaúde-SP, que elaborou uma forma de montagem do cronograma anual, no qual leva em consideração os limites de jornadas dos(as) trabalhadores(as). O propósito da reunião foi apresentar esse estudo, que visa diminuir o excesso de jornada, que é um dos elementos que contribui para sobrecarga dos(as) profissionais. Esse excesso acarreta em adoecimento, além de comprometer a qualidade da assistência direta aos pacientes.
Para Janaína, a ausência de um roteiro para elaboração das escalas por parte da Secretaria da Saúde prejudica os(as) trabalhadores(as). “Por conta da falta de orientação, cada RH acaba condicionado a agir por conta própria, com lógicas e cálculos totalmente distintos, que está causando o excesso de horas trabalhadas no decorrer do ano”, avaliou.
Segundo Janaína, a diretora do RH do hospital, Maria Lúcia Alves, afirmou, durante a reunião, não conhecer o fundamento em ter os plantões estabelecidos e que nunca recebeu nenhum tipo de orientação ou treinamento, por parte da Secretaria do Estado da Saúde (SES), de como elaborar o cronograma anual. Ela também se comprometeu a levar o assunto e o estudo do SindSaúde-SP para o diretor Técnico do Hospital. O SindSaúde-SP, ainda aguarda a resposta do Departamento de Recursos Humanos do IIER.