Notícia
Trabalhadores e trabalhadoras realizaram um protesto no portão de entrada de funcionários do novo Hospital da Mulher nesta quinta-feira (13). A manifestação foi conduzida pelo diretor da região central Paulo Moura, pela secretária de saúde do trabalhador Janaína Luna, e pela diretora da região Sul da Capital, Rita Lemos.
Tanto trabalhadores(as) quanto pacientes do Hospital Pérola Byington estão preocupados com a alteração do local do prédio – que agora mudou de nome e passou a chamar Hospital da Mulher – para a avenida Rio Branco, que fica na região denominada como “cracolândia”, por concentrar usuários de drogas e ser palco constante de violência policial, assaltos e furtos.
Para o diretor Paulo, que também é trabalhador do Hospital, os trabalhadores(as) estão sendo tratados com descaso, “o que disseram é que hoje o hospital voltaria a funcionar plenamente, porque já estava tendo atendimento nos ambulatórios, mas nas enfermarias e nos centros cirúrgicos ainda não estavam. Disseram que hoje iria começar, mas a gente já conversou com alguns trabalhadores e os trabalhadores não sabem onde eles vão trabalhar, nem como vai funcionar, não está explicado ainda. É uma questão de falta de transparência, de falta de organização em dizer para o trabalhador como vai ser e quando vai ser. E tem muito trabalhador que não quer vir para cá.
O SindSaúde-SP, já solicitou várias vezes a realização de uma reunião com a gestão do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP), que administra o Hospital da Mulher. Entretanto, as solicitações de diálogo foram negadas.
Paulo explica que esse é o motivo da manifestação, “a gente tá aqui justamente para fazer esse protesto, para fazer esse ato, e pedir uma negociação, um espaço de diálogo com a gestão, porque a gente quer dialogar, a gente quer conversar, a gente quer levar as reivindicações dos trabalhadores. Mas com essa gestão da Seconci não tem conversa”.
Ele contou que existem vários problemas que precisam ser resolvidos pela Seconci, “primeiro de tudo são os trabalhadores que não querem vir para essa unidade por vários motivos, e todos os pedidos de transferência têm sido negados, arquivados, sendo que houve uma conversa anterior com a própria gestão que o trabalhador que não quisesse vir que não iria vir pra cá. E o que está acontecendo nesse momento é que o trabalhador, ele não está sendo respeitado na sua decisão de não vir”.
Outra questão apontada por Paulo é a segurança, “a gente está num local em que há episódios de violência urbana, e quando esses episódios de violência acontecerem o policiamento não vai ser suficiente, e aí os trabalhadores e os usuários ficarão à mercê do episódio de violência. A gente já tem relato de carro de usuário que foi roubado e de trabalhador que foi agredido”.
“Queremos que seja garantida a segurança dos usuários e dos trabalhadores. Para os trabalhadores a situação é complicada porque o trabalhador ele tá todo dia aqui, ele faz o caminho todo dia, chega as 6:00 horas da manhã, e sai as 6:00 horas da tarde e isso é perigoso”, conclui.