Notícia
A Internacional de Serviços Públicos (ISP), a UNI Global Union, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), todas entidades que o SindSaúde-SP é filiado, se posicionaram contra os atos terroristas e antidemocráticos que aconteceram na tarde do último domingo (8), em Brasília.
A ISP lembrou, em texto publicado em seu site, que as ações dos grupos bolsonaristas já vinham acontecendo desde as eleições, com os acampamentos em frente aos quarteis do exército e repudiou “veementemente o ataque golpista em Brasília orquestrado por grupos que não aceitam o legítimo resultado das eleições”.
“Fica mais nítido o significado do bolsonarismo: terroristas. Se dizem patriotas, mas não passam de golpistas, vândalos, que não aceitam o Estado democrático de direito. A ISP se soma a todas as organizações democráticas do mundo no repúdio a esse ato fascista e exige punição dos responsáveis, em particular dos líderes políticos e financiadores dessas manifestações golpistas”, declarou o secretário regional da ISP para Interamérica, Jocelio Drummond.
“Não aceitaremos que o legítimo resultado das eleições no Brasil seja desrespeitado e utilizado como argumento para tentativas criminosas de golpes. Defendemos todas as formas de manifestação, desde que essas sejam pacíficas e legítimas, o que não é o caso. Defenderemos o diálogo social e o respeito as instituições democráticas, mas jamais admitiremos a impunidade. Seguiremos lutando em prol das pautas sindicais e por serviços públicos de boa qualidade, diante do governo eleito e legítimo”, afirmou a subsecretaria regional para o Brasil da ISP, Denise Motta Dau.
A UNI condenou os atos e reforçou a necessidade de defender a manutenção do Estado Democrático de Direito. “Este foi um ataque flagrante contra a democracia brasileira, e é mais um capítulo vergonhoso da tendência global de negação de eleições e enfraquecimento das instituições democráticas que temos visto com muita frequência em todo o mundo nos últimos anos”, afirmou a entidade em nota.
Polícia inerte, governo estadual conivente
Em nota, a CUT denunciou a omissão e a conivência do Governo do Distrito Federal (GDF), dos comandantes da Polícia Militar (PM) e dos órgãos de segurança do governo distrital, que mesmo diante dos diversos alertas da imprensa, de parlamentares, dos órgãos de segurança nacional e do Ministro da Justiça, não tomaram as medidas necessárias nem disponibilizaram os efetivos policiais suficientes para impedir os terroristas.
“A CUT exige a apuração e a punição exemplar de todos os participantes e de todos aqueles que financiaram, convocaram e contribuíram para que essa violência contra a democracia brasileira fosse organizada e concretizada”, publicou a Central.
A CNTSS chamou os atos de vandalismo de “atitudes nefastas”, que nunca foram vistas na história da vida política nacional e destacou a necessidade da intervenção federal para conter os terroristas.
“As ações gravíssimas de terrorismo que macularam de forma gravíssima a Democracia brasileira na data deste domingo e causaram danos impensáveis e irreparáveis ao patrimônio público nacional e à ordem pública consolidam-se como o ápice de um movimento golpista que vem sendo construído de forma mais ativa desde o período eleitoral por parte de manifestantes a mando de Bolsonaro”, afirmou a confederação em nota.
Leia as notas na íntegra:
ISP condena fortemente a tentativa de golpe perpetrada por terroristas bolsonaristas no Brasil
UNI condena o ataque à democracia brasileira
CUT defende democracia e exige punição exemplar dos terroristas bolsonaristas