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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2022 com alta de 5,79%, depois de passar vários meses em dois dígitos. Foi o segundo maior resultado inflacionário no período dos quatro anos do governo anterior, que acumulou uma inflação próxima de 27%.
De acordo com o IBGE, em relatório divulgado nesta terça-feira (10), a principal influência para o IPCA, indicador oficial da inflação no país, veio do grupo Alimentação e Bebidas. A alta de 11,64% representou impacto de 2,41 pontos percentuais, ou pouco mais de 40% do resultado geral. E duas vezes maior que o índice geral. Em seguida, com alta de 11,43% e impacto de 1,42 ponto, ficou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais.
Também houve alta nos planos de saúde, gás encanado, roupas e passagens aéreas. O índice só não foi maior por causa da redução temporária dos combustíveis. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 5,93% no ano passado.
Alimentos mais caros
No grupo dos alimentos, os produtos no domicílio subiram ainda mais, 13,23%. Destaque para a cebola, que com elevação de 130,14% teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA. Já o leite longa vida aumentou 26,18% e teve impacto de 0,17 ponto em 2022. Os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho – naquele mês, chegou a ter alta de 77,84% acumulada no ano.
Outros destaques de alta em 2022 foram a batata inglesa (51,92%), as frutas (24%) e o pão francês (18,03%). A farinha de mandioca subiu 38,56% e o feijão carioca, 27,77%. Já a alimentação fora do domicílio aumentou 7,47%, com alta de 5,86% na refeição e de 10,67% no lanche.
Outras altas
Os produtos farmacêuticos subiram 13,52%. O grupo transportes, que durante grande parte do ano respondeu pelas principais altas, acabou fechando em -1,29% e impacto de -0,28 ponto. O preço da gasolina, por exemplo, caiu 25,78% (-1,70 ponto). As quedas se concentraram no período pré-eleitoral, de julho a setembro, com medidas que até então o governo não vinha adotando e redução de preços influenciada, entre outros fatores, pelo limite na cobrança do ICMS sobre os combustíveis pelos estados.
Editado pela Redação SindSaúde-SP