Notícia
Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – entidade que o SindSaúde é filiado – e das demais centrais vão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para anunciar a constituição de uma Mesa Nacional para debater o valor do salário mínimo; a regulação do trabalho em aplicativos e a valorização da negociação coletiva, com prazo de 90 dias para conclusão. A reunião com cerca de 500 sindicalistas está marcada para a próxima quarta-feira (18), a partir das 10 horas da manhã, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Conforme previsto em medida provisória, o piso nacional deste ano foi fixado em R$ 1.302, com reajuste de 7,42%, enquanto a inflação (INPC-IBGE) somou 5,93% no ano passado. Durante a transição do governo o atual ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI), quando era coordenador do grupo de Orçamento da equipe de transição, disse que o valor do salário mínimo seria de R$ 1.320.
Os sindicalistas têm defendido um piso de R$ 1.342. Em abril deste ano, sindicalistas da CUT e das demais centrais sindicais entregam a Lula a Pauta da Classe Trabalhadora, documento unitário das centrais aprovado na Conferência da Classe Trabalhadora 2022 (Conclat-2022), em 7 abril.
No final de dezembro com Lula já eleito, os dirigentes se reuniram novamente com o presidente para reforçar a reivindicação. Eles falaram sobre a importância de ter, já em janeiro, a retomada da política de valorização do salário mínimo, que beneficia quase 57 milhões de trabalhadores e beneficiários da Previdência Social, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com estudo, a proposta das centrais sindicais, de reajuste de 10,7% para o salário mínimo neste ano representa um acréscimo de R$ 130 na renda de 60.2 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem o piso nacional e não têm aumento real desde 2020.
Impactos do SM na economia
De acordo com estudo do Dieese sobre os impactos da elevação do salário mínimo na economia, estima-se que:
56,7 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo.
R$ 81,2 bilhões representam o incremento de renda na economia.
R$ 43,8 bilhões correspondem ao aumento na arrecadação tributária sobre o consumo.