Notícia
A diretora do SindSaúde-SP, da região de Marília, Silmara Grassi participou de uma reunião, na quarta-feira (11), que discutiu os problemas do Hospital Regional de Assis (HRA). Também estiveram presentes secretários de saúde, prefeitos e vice-prefeitos das cidades atendidas pelo HRA; deputados, trabalhadoras e trabalhadores.
Além do fechamento do ambulatório de gestação de alto risco e da falta de profissionais na área da neurologia, foram apresentados diversos problemas, tais como: deficiência na cobertura de escalas, aumento na demanda de oncologia e dificuldade para internações.
Lenilda de Araújo, diretora do HRA, apresentou um gráfico que demonstra que, em 2015, atuavam 384 profissionais da área de enfermagem, e que esse ano são apenas 243 trabalhadores(as) no setor, ou seja, houve uma queda de 36,72%. O número de leitos de enfermagem também diminuiu em relação a 2015, eram 127 e agora são apenas 74. A diretora também afirmou que o HRA é referência em hemodiálise, neurocirurgia e também possui uma Unidade de Serviço de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON).
A secretária da Saúde Cristiani Silvério, falou sobre a relevância do HRA. “A grandiosidade e importância desse serviço de saúde implantado em 1991 é de relevância regional. São milhares de pessoas que dependem desse serviço e precisamos lutar para que tenha pleno funcionamento. Ele é a porta de entrada para a rede de urgência e emergência, sendo referência para 25 municípios, e desses, 15 não tem nem hospital. Argumentos não faltam para que possamos cobrar melhorias em todos os sentidos.”
Também tivemos a participação do Conselho Municipal de Saúde com a fala da presidenta Benedita Quintiliano Pereira, que destacou a responsabilidade do governo de São Paulo em dar segmento na gestão da estrutura do HRA com a contratação urgente de trabalhadores(as) para que os serviços não sejam momentaneamente cessados por falta de profissionais.
Simara, diretora do Sindsaúde-SP na região, fala sobre a finalidade da reunião. “O objetivo prioritário dessa reunião é de um processo que já vem tramitando desde março, onde o Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (Civap) a Secretaria Estadual de Saúde, através de convênio com o governo do Estado de São Paulo, fazer a ‘gestão’ da assistência à saúde da estrutura do HRA, serviço este ainda não terceirizado"
Sobre a participação dos(as) trabalhadores(as), Silmara contou que na reunião estiveram presentes servidores e servidoras do HRA. “Na minha fala eu parabenizei os servidores que vêm executando as suas funções dentro dessa estrutura, e destaquei a importância da nossa representação em busca de dispositivos que façam com que o governo continue na gestão da estrutura do Hospital Regional de Assis. Estrutura essa, que atende 100% SUS, e que deve continuar na gestão do Governo Estadual, e não ser gerenciado por uma Organização Social de Saúde (OSS), nem por uma fundação e nem por uma empresa terceirizada”.
“Nós sempre defendemos que esse Hospital precisa continuar funcionando na sua totalidade de leitos que são fornecidos para a população e na gestão pública. Essa reunião deveria ter como objetivo elencar os dispositivos legais para fazer com que o Governo Estadual seja responsabilizado pela falta de atendimento, e que continue fazendo a gestão com a contratação de Recursos Humanos através de concurso público, aquisição de equipamentos e insumos, e reestruturação da estrutura física, em vez de entregar mais um equipamento de saúde para uma empresa terceirizada", concluiu Silmara.