Notícia
Secretaria do Estado da Saúde (SES) de São Paulo confirmou que um morador da zona rural da cidade de Vargem Grande do Sul, de 73 anos, foi diagnosticado com febre amarela, mas já teve alta do hospital. A vacinação contra a doença começou a ser realizada no último fim de semana, na zona rural do município.
A Vigilância Municipal de Vargem Grande do Sul e o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do estado de São Paulo estão realizando uma investigação na região. A cobertura vacinal contra febre amarela no estado paulista é de 64%, por isso a SES tem alertado sobre a importância da vacinação, que pode evitar os casos mais graves da doença.
Sobre a febre amarela
A febre amarela é causada por um vírus que tem dois ciclos epidemiológicos de diferentes de transmissão: silvestre e urbano. É uma doença que causa uma infecção febril aguda e possui grande potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti (que também transmite a dengue e a chikungunya)
A vacina é a principal maneira de se prevenir e controlar a febre amarela. O vírus causador da doença é o arbovírus, que é transmitido pela picada dos insetos transmissores infectados. A doença não é transmitida de maneira direta, de pessoa a pessoa.
Existem dois ciclos epidemiológicos de transmissão da febre amarela: o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, os primatas não humanos (macacos), são os principais hospedeiros e disseminadores do vírus, cujos vetores são mosquitos silvestres (que habitam áreas rurais e florestais). Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
No ciclo epidemiológico urbano, os homens e as mulheres são os únicos hospedeiros com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos, (mosquito Aedes aegypti) infectados. Entretanto, a doença se manifesta da mesma maneira clínica, imunológica e fisiopatológica, nos dois ciclos.
Tratamento
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva, com vista a reduzir as complicações e o risco de óbito. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.
Com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo