Orgulho de ser trabalhador
Autor: SINDSAÚDE-SP
23/12/2003
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Seguramente, neste ano o embate com o governo estadual foi um dos mais difíceis na história de nosso Sindicato. O estilo administrativo e político do governador Geraldo Alckmin deixava claro que não haveria concessões aos trabalhadores.
Já em janeiro, o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, afirmou a uma comissão de negociação do Sindsaúde-SP: “Sou pouco democrático”. Em abril, através de um comunicado oficial publicado no Diário Oficial, o governador proibiu qualquer tipo de reajuste aos trabalhadores, o que teve ampla repercussão na imprensa. Muitas outras vezes depois disso, ele declarou aos jornalistas que é refém da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nos locais de trabalho, os diretores e diretoras também faziam sua parte na tentativa de nos intimidar: cortar o Prêmio de Incentivo, colocar trabalhadores à disposição, perseguir lideranças sindicais e não conceder liberação para atividades do Sindicato foram algumas das armas utilizadas durante todo o ano.
Para tentar diminuir nossa força, parcelas conservadoras da imprensa e da classe política utilizaram a reforma da Previdência para passar a falsa imagem de que os trabalhadores públicos, de forma generalizada, desfrutam de facilidades.
O mais importante disso tudo, e que de fato vai permanecer como registro histórico, é nossa categoria ter enfrentado todas essas formas de medo. Nos locais de trabalho e nas ruas, fizemos ouvir nossa voz. Fomos a única categoria de trabalhadores públicos estaduais a combater abertamente o governo. E permanecemos incansáveis nas mesas de negociação e na mobilização.
O governo estadual finca o pé em sua intransigência, mas entendeu o recado: nós não vamos desistir de nossa luta. Se você participou de tudo isso, orgulhe-se: ainda não houve reajuste salarial, mas travamos uma batalha política com quem acreditava que havia nos colocado contra a parede. Abrimos espaço e vamos colher mais frutos, se permanecermos mobilizados. Vamos conquistar um feliz 2004!
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