Notícia
Trabalhadoras e trabalhadores da saúde de todo o estado de São Paulo, organizados pelo SindSaúde-SP participaram de atos, mobilizações, protestos e assembleia em suas próprias unidades de atuação, na última sexta-feira (10), por conta do Dia da Mobilização Nacional em Defesa do Piso da Enfermagem.
Além disso, a categoria também reivindicou o reajuste salarial de 50% para todos(as) os(as) profissionais - que é a perda inflacionária que os(as) trabalhadores(as) tiveram nos últimos dez anos e também é o mesmo percentual concedido ao governador Tarcísio de Freitas, ao assumir o cargo. Ambas as pautas fazem parte da Campanha Salarial 2023, que teve início no dia 14 de fevereiro.
Durante as atividades, os(as) diretores(as) regionais do SindSaúde-SP tiraram dúvidas dos(as) trabalhadores(as) sobre os desafios que ainda teremos que enfrentar para garantir que o governo do estado de São Paulo aplique piso da enfermagem, tendo em vista que há legislação que garanta seu pagamento.
Interior
As mobilizações começaram logo cedo, com a paralisação temporária dos(as) trabalhadores(as) da saúde do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que organizados pelo diretor regional do SindSaúde-SP, Edson Fedelino, com o apoio do secretário de Políticas e Gestão em Seguridade Social do Sindicato, Ricardo de Oliveira, e do secretário de Imprensa e Comunicação, Antônio José Dechechi, fizeram dois atos: um em frente à portaria de pacientes da Unidade de Emergências e outro em frente ao refeitório do HC Campus.
No interior do estado também teve mobilização no Cais Clemente Ferreira, em Lins organizada pelo diretor regional, Arlindo Rodrigues Cruz Junior; no Hospital Estadual de Presidente Prudente, organizada pelo diretor regional, Paulo Roberto Índio do Brasil; no Instituto Lauro de Souza Lima, em Bauru e no Hospital das Clínicas de Botucatu, organizado pela diretora regional, Mariuze Miranda.
No Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), a diretora regional, Cíntia Lopes, ao lado do delegado sindical de base do SindSaúde-SP, Jamil da Silva, dialogaram com os profissionais da saúde durante a chegada ao plantão. Além disso, eles conversaram com os pacientes sobre a luta que os(as) trabalhadores(as) da saúde estão enfrentando como a desvalorização profissional e salarial.
No Hospital Regional de Assis (HRA), os(as) trabalhadores(as) explicaram aos pacientes o motivo da mobilização e entregaram uma carta aberta na qual explica os problemas enfrentados pela categoria. A mobilização, organizada pela diretora regional Silmara Grassi, também protestou contra as terceirizações do equipamento, que referência em toda a região; e durante o ato em frente ao HRA, alguns trabalhadores(as) falaram das condições de trabalho, desvalorização dos profissionais, duplo vínculo e demais situações da estrutura, como o fechamento de setores por falta de profissionais.
Litoral
"Se não negociar, a saúde vai parar", esse foi o recado dos(as) trabalhadores(as) da saúde que atuam no Hospital Guilherme Álvaro, na cidade Santos, organizados(as) pelas secretárias de Organização Sindical, Roseli Ilídio, e de Atividades Sociais e Culturais, Valéria Fernandes, que foram para frente da unidade defender a pauta da mobilização.
Capital e região metropolitana
No Hospital Heliópolis, onde os(as) trabalhadores(as) estão enfrentando uma série de problemas desde a estrutura do hospital, falta de profissionais e entre outros, também houve protesto em frente ao equipamento. Os(as) trabalhadores do Hospital Regional de Osasco, com cartazes em mãos, registraram a reivindicação da aplicação do piso e exigiram reajustes de 50%.
Os(as) profissionais de várias unidades demonstraram sua insatisfação com a desvalorização salarial e profissional dentro do próprio equipamento no qual atuam, foi o que aconteceu na região sul da Capital, organizados pela diretora, Rita Lemos, no Hospital Maternidade Interlagos e no Hospital Regional Sul; na região Leste I, organizados pela diretora, Adriana Arduíno, no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros; na região Leste II, no Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG) e no Hospital Geral de São Mateus, organizados pela diretora regional, Amélia Oliveira, o segundo contou com o apoio do secretário de Aposentados do SindSaúde-SP, José Anjuli Maia; e na região Sudeste, no Hospital Ipiranga, organizados pelo diretor João Luís Bento.
Piso
O governo do estado tem verba disponível e margem no teto fiscal para o pagamento do funcionalismo, por isso, basta vontade política para aplicar a legislação e conceder o piso para os(as) profissionais da enfermagem – no valor de R$ 4.750 para enfermeiros(as), R$ 3.325 para técnicos(as) de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.