Onda de violência nas escolas
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    Onda de violência nas escolas
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    06/04/2023

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Infelizmente, aconteceu mais um ataque contra crianças em uma unidade de ensino, na última quarta-feira (05), dessa vez foi na creche Cantinho Feliz na cidade de Blumenal, no estado de Santa Catarina. O criminoso responsável pelo ataque desferiu golpes de machadinha matando quatro crianças e ferindo outras cinco. O SindSaúde-SP condena esses ataques e lamenta essa onda de violência, que precisa ter fim.

     

    Na semana passada um estudante da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, matou uma professora a facadas, feriu outras quatro professoras e um aluno. A professora Elisabeth Tenreiro, que foi morta nesse ataque, era aposentada da área da saúde e atuou por 44 anos no Instituto Adolfo Lutz.

     

     

    Grupo de trabalho sobre violência nas escolas

     

    Diante desse cenário aterrorizante, fruto do discurso de ódio e violência que vivemos nos últimos anos, o governo Lula instituiu um grupo de trabalho (GT) interministerial para propor políticas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas, que será coordenado pelo Ministério da Educação, com a participação da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência e pelos ministérios da Justiça, da Educação, da Cidadania e dos Direitos Humanos.

     

    Na manhã desta quinta-feira (06), foi realizada a primeira reunião desse GT, que terá as seguintes competências: realizar estudos sobre o contexto e as estratégias de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas; e propor políticas públicas para prevenção e o combate à violência nas unidades de ensino.

     

     

    Relatório apresenta diagnósticos e subsídios para enfrentar esse problema

     

    O relatório O ultraconservadorismo e extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às instituições de ensino e alternativas para a ação governamental, realizado por um grupo de pesquisadores(as) da área, foi apresentado durante o período de transição do governo federal. Esse relatório apresenta algumas frentes de ação a serem desenvolvidas nas áreas da educação, do campo da psicologia e da sociedade para além do espaço escolar.

     

    Destacamos os principais pontos do resumo executivo desse relatório:

     

    Esses eventos violentos nas escolas brasileiras tiveram início nos primeira década dos anos 2000. Ao longo desse período foram registrados 16 ataques, sendo que quatro ocorreram no segundo semestre do ano passado. Ao todo, foram 35 vítimas fatais e 72 pessoas feridas.

     

    Atualmente, a quantidade de armas que população civil possui é 7,5 vezes maior do que as armas das forças de segurança pública do Estado brasileiro. Esse aumento de posse de armas é o resultado da política armamentista do governo do presidente anterior.

     

    De acordo com o estudo realizado pelo Instituto Sou da Paz, em metade dos ataques nas escolas as armas utilizadas estavam na casa das pessoas que praticaram esses crimes. Essas armas ou pertenciam a policiais ou eram registradas por Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Esse é um dado importante para desconstruir a narrativa que culpabiliza as escolas pela violência.

     

    O relatório também recomenda que seja aprimorada a definição normativa dos crimes de ódio para viabilizar o monitoramento e produzir dados estatísticos de maneira mais uniforme, regular e com abrangência nacional.

     

    E sugere que a lei n.º 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, seja alterada, definindo como crime qualificado o ato de recrutamento de crianças e adolescente para células e comunidades nazistas, neonazistas e outros grupos extremistas de direita. Assim como a conduta de admitir, autorizar, aliciar e permitir a presença de adolescentes e crianças em clubes de tiro. Além da necessidade do monitoramento em clubes e espaços de paintball e “air-soft” nos quais adultos e crianças convivem sem a devida supervisão de pais, mães e responsáveis.

     










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