Notícia
O SindSaúde-SP participou do Ato de Resistência contra todas as formas de manicômio, realizado nesta quinta-feira (18), na capital paulista. A mobilização marcou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial e exigiu que o governo do estado cesse com a política higienista do governador Tarcísio de Freitas, que pare de tratar a saúde mental como caso de polícia.
Os manifestantes se concentraram no vão livre do Masp e seguiram em marcha até a Secretaria de Estado da Saúde. Pelo SindSaúde-SP estiveram presentes o diretor regional da Oeste III e representante do Sindicato na Frente Ampla em Defesa do Sistema Único de Saúde, Silas Lauriano Neto, e o diretor da região Centro, Paulo Moura.
Durante o ato, os manifestantes exigiram que o usuário de serviços de saúde não seja reduzido a um diagnóstico, devendo ser considerado como sujeito de direitos e que seja reconhecido o protagonismo dos usuários e familiares para a construção de políticas públicas de saúde mental, álcool e outras drogas e intersetoriais.
Os profissionais também se mostraram a mudança de perfil do serviço que antes era ofertado pelo Centro de Referência de Álcool Tabaco e Outras Drogas (Cratod), que foi transformado HUB de cuidados para Crack e Outras Drogas e da Unidade Experimental de Saúde, pois consideram as unidades como uma afronta aos Direitos Humanos, à Reforma Sanitária e à Reforma Psiquiátrica Antimanicomial.
O SindSaúde-SP esteve à frente na luta contra o fechamento do Cratod, pois além de defender os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores que atuavam no serviço, entende que essas mudanças iriam interromper a política de acolhimento e vínculo realizada há cerca de 20 anos com os(as) com os(as) pacientes atendidos(as) no tratamento da dependência química.
Além disso, o SindSaúde-SP defende que haja mais investimentos em políticas públicas de Saúde e Assistência Social e, que seja implantada a carreira única interfederativa para todos os profissionais do SUS.
Esquenta
Pouco antes do ato na Avenida Paulista, os diretores do SindSaúde-SP, os delegados e as delegadas sindicais de base participaram de uma atividade no Centro de Atenção Psicossocial “Prof. Luís da Rocha Cerqueira”, também conhecido como “CAPS Itapeva”, onde os profissionais fizeram uma roda de samba com os usuários do serviço.