Notícia
Em negociação com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o SindSaúde-SP cobrou uma solução para a transferência dos profissionais que tiveram que sair do Núcleo de Gestão Assistencial (NGA) de Lins, após a decisão do governo de encerrar as atividades do equipamento. O SindSaúde-SP alegou aos representantes do governo, em reunião virtual realizada na última terça-feira (6), que a transferência está acontecendo por decisão do governo do estado e, por isso, os profissionais não podem ser penalizados com perdas salariais, nem mesmo por redução do grau de insalubridade.
Além disso, que ao serem transferidos, que o pagamento da insalubridade seja efetuado de forma retroativa à data de início das atividades na nova unidade e não a partir da publicação em Diário Oficial, como já foi feito pela SES por diversas vezes.
Entenda
Em fevereiro deste ano, o governo do estado oficializou o fechamento do NGA de Lins, sob alegação de “dificuldades técnicas” ocasionadas por falta de funcionários. “Esse argumento só reforça a pauta permanente do Sindicato, de que é necessário abrir concurso público para Saúde estadual com o objetivo de repor o quadro funcional”, reforça Gervásio Foganholi, secretário de Administração e Finanças do SindSaúde-SP.
Desde o princípio, o SindSaúde-SP é contra o fechamento do equipamento, pois entende que a população ficará desassistida e, para o dirigente, o problema seria solucionado com a abertura de contratação de emergência para suprir as necessidades da unidade e, assim, o governo teria tempo hábil para abrir um concurso e repor o quadro com trabalhadores efetivos.
Na ocasião do fechamento, a Prefeitura Municipal de Lins comunicou o interesse de absorver esses profissionais, mas seria necessário pedir o afastamento sem remuneração e, com isso, haveria perdas pois o município não paga Prêmio de Incentivo. Diante da falta de perspectiva, cinco trabalhadores(as) aceitaram ir para unidades da prefeitura, atualmente, apenas um deles continua no município e os quatro cessaram o pedido de afastamento.
“Além da Prefeitura, a DRS de Bauru se ofereceu para absorver esses profissionais, o que seria inviável por ficar a há mais 100 km de distância, ou que eles fossem transferidos para o Cais Clemente Ferreira que também fica aqui em Lins ou para o Hospital Geral de Promissão”, relatou Arlindo Rodrigues da Cruz, diretor da região pelo SindSaúde-SP.
O dirigente explicou que a gestão do Hospital de Promissão argumentou que “por questões técnicas” não iria aceitar a transferência dos profissionais para a unidade. Com o esse impasse, mesmo com o NGA fechado para atendimento, ainda restam oito trabalhadores(as) que precisam ir pra lá diariamente, pois continuam sem destino certo. Entre eles estão três médicos, quatro trabalhadores(as) da área administrativa e um auxiliar de laboratório.
Durante a reunião de terça-feira, a SES afirmou que irá intervir nesses casos, para que os profissionais sejam direcionados para o Cais Clemente Ferreira ou para o Hospital Geral de Promissão.