Notícia
Segundo a Organização das Nações Unidas, há 705 milhões de pessoas acima de 65 anos contra 680 milhões entre 0 e 4 anos e pela primeira vez na história do mundo e a tendência é que esse índice cresça. Entre 1950 e 2010, a expectativa de vida em todo o mundo subiu de 46 para 68 anos e dados apontam para o dobro de pessoas idosas no mundo em 2050, quando 1,5 bilhão de homens e mulheres terão 65 anos ou mais.
Esse novo cenário demanda transformações na sociedade, com cidades mais acessíveis, investimentos em saúde pública e de qualidade e a garantia de renda para quem não está mais no mercado de trabalho.
Debates fundamentais para este 1º de outubro, Dia Nacional e Internacional da Pessoa Idosa. Em 14 de dezembro de 1990, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou a data como o Dia Internacional das Pessoas Idosas. No Brasil, em 2006, a Lei nº 11.433 escolheu o mesmo dia, quando houve a promulgação do Estatuto da Pessoa Idosa, para celebrar a experiência de quem ajudou a construir o país.
Porém, faltam políticas públicas que tratem de colocar isso em prática. Apesar de avanços como a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, criada em 2006 para recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, estados como São Paulo ainda estão longe de oferecer uma realidade inclusiva, conforme destaca o secretário dos Aposentados do SindSaúde-SP, Jose Anjuli Maia.
“O Dia do Idoso é uma data para cobrarmos mais cuidado, porque no período da vida em que todos precisamos de maior acompanhamento, acesso a medicamentos, renda, são quando mais os serviços públicos viram as costas para nós”, critica.
Para ele, o país precisa avaliar a importância e fazer da cuidado uma cultura de acolhimento e inclusão com base nas diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa que incluem pontos como atenção integral e provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa, estímulo à participação e fortalecimento do controle social, promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa e apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.