Notícia
O SindSaúde-SP apoia a greve contra a privatização dos serviços públicos como Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), contra a precarização e em defesa dos(as) trabalhadores(as), realizada nesta terça-feira (3) pelos(as) metroviários, metroviárias, ferroviários, ferroviárias, e trabalhadoras e trabalhadores dos setores de saneamento.
Os metroviários propuseram catraca livre para que houvesse continuidade na operação. Contudo, o Governo não aceitou. A greve é legítima! É política! E é assim que a classe trabalhadora luta por suas reivindicações. Diferentemente do que alega o governo, lutar contra a privatização é sim defender melhores condições de trabalho.
O governo decretou ponto facultativo para esta terça, como uma forma de tentar dividir a opinião pública, contra a ação legítima dos profissionais que defendem os interesses da população, haja visto que a privatização das linhas do metrô e da CPTM degradaram o serviço e no caso do setor de saneamento houve aumento nas tarifas, como aconteceu no Rio de Janeiro.
Não é à toa que neste mesmo dia de greve, a linha 9 - Esmeralda teve uma pane elétrica, ficando com a operação completamente parada desde às 14h, logo após do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) elogiar, em pronunciamento oficial, as concessões das linhas para o setor privado. Não acredita? Até a grande imprensa já soltou matéria sobre o ocorrido, você pode conferir no Uol, no Terra, no G1, até na CNN, entre outros veículos.
Para o SindSaúde-SP, quem realmente está prejudicando a população é o governador, que está sendo muito eficiente em entregar os serviços públicos para o setor privado, mais até que os governos anteriores, o que aumenta os gastos públicos e não leva em consideração ações sociais que visam melhorar a qualidade de vida dos habitantes do estado de São Paulo.
A exemplo disso, na Saúde tivemos a privatização do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), que oferecia um serviço humanizado para os usuários de drogas que se encontravam em situação de rua, que buscava reinserir o cidadão à sociedade de forma digna, com um tratamento com redução de danos. Com a entrega para a Organização Social, o perfil do equipamento (que passou a ser chamado de Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas) mudou e se tornou um centro logístico que visa a internação em instituições ligadas ao setor fundamentalista.
Também tivemos a tentativa de privatização do Hospital Nestor Goulart Reis, a entrega de setores dos Conjunto Hospitalar do Mandaqui, além do aumento da tabela do Sistema Único de Saúde, que aumenta o repasse de verba para o setor privado em vez de ampliar e fortalecer os equipamentos da administração direta.
O SindSaúde-SP tem como princípio a defesa dos serviços públicos, com contratação de trabalhadores(as) por concursos e luta diariamente nesses mais de 34 anos contra a precarização e pela valorização dos(as) trabalhadores(as) da saúde estadual e do SUS, assim como dos demais serviços públicos.
Somos solidários aos metroviários(as), ferroviários(as) e trabalhadores(as) do setor de saneamento pois, como todo o funcionalismo público do estado de São Paulo, estamos juntos na luta contra o sucateamento dos serviços públicos estaduais tão importantes para toda a população paulista.
Por isso, o Sindicato também está atuando na coleta de votos do Plebiscito Popular Contra a Privatização da Sabesp, Metrô e CPTM, que foi prorrogado até o dia 5 de novembro e estamos com duas urnas volantes no Hospital do Servidor Público e no HCFMUSP.