SindSaúde-SP levou debate sobre negociação no serviço público a 31º Congresso da ISP
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    SindSaúde-SP levou debate sobre negociação no serviço público a 31º Congresso da ISP
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    26/10/2023

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    O SindSaúde-SP esteve presente no 31º Congresso Mundial organizado pela Internacional dos Serviços Públicos (ISP) em Genebra, na Suíça. O encontro que teve como tema “O povo acima do lucro” ocorreu entre os dias 12 e 18 de outubro e reuniu sindicatos de trabalhadoras(es) do serviço público do mundo todo.

    A delegação brasileira teve entre seus representantes a presidenta, Cleonice Ribeiro, e pelo secretário de Relações do Trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS), Mauri Bezerra.

    Dentre os temas discutidos pelo sindicato estavam a dificuldade de negociação no setor público e a estrutura precária com a qual o funcionalismo tem convivido.

    Segundo Cleonice, após a pandemia de Covid-19, a categoria passou novamente a um lugar de invisibilidade por conta dos processos de precarização que marcam a saúde pública em todo o mundo.

    “Enquanto estávamos na linha de frente, colocando nossa vida e de nossa família em risco, éramos tratados como heróis. Porém, assim que a pandemia diminuiu, vimos que esse olhar não se materializou em valorização salarial e melhores condições de trabalho. Apontamos que também no Brasil enfrentamos uma estrutura precária, que vai da falta de material aos salários ruins, que nos fazem ter de duas a três jornadas para sustentar a família”, criticou.
     

    Cleonice e Mauri durante o congresso da ISP

    Um em cada três enfermeiros da linha de frente em todo o mundo já viu pacientes sob seus cuidados morrerem devido à falta de profissionais, de acordo com uma pesquisa realizada com mais de 2.000 profissionais de saúde pela Internacional de Serviços Públicos (ISP). Quase metade dos entrevistados (870) são de países da América Latina e do Caribe.

    Em pesquisa divulgada pela ISP com mais de 2 mil profissionais de saúde – quase metade dos entrevistados (870) de países da América Latina e do Caribe – 3 em cada 4 profissionais da saúde se sentem traídos após promessa de heróis da pandemia.

    Ainda de acordo com o levantamento, dois terços dos entrevistados já viram pacientes enfrentarem dor ou sofrimento desnecessários devido à falta de pessoal. Na América Latina e no Caribe, quase 80% dos entrevistados afirmam que não há pessoal suficiente para atender às necessidades dos pacientes.

    Mais de 70% de quem respondeu a pesquisa nessas regiões também destacaram que é fundamental criar condições de trabalho sustentáveis, com investimento público mais forte por parte do governo no setor de saúde, em vez de soluções do mercado privado.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo enfrenta atualmente um déficit assustador de 15 milhões de profissionais de saúde.

    Outros temas

    Além dos temas apontados pela direção do SindSaúde-SP, o congresso teve outras questões que ganharam destaque como o debate sobre políticas para inclusão de trabalhadores com deficiência, o impacto da transição climática para as(os) trabalhadores(as) do setor público, os efeitos da digitalização da economia e a luta em defesa da diversidade.

    Um dos pontos polêmicos do encontro foi a aprovação de uma emenda LGBTQIA+ pela ISP. Mesmo após intensas discussões, o Congresso aprovou a emenda nº 28 do plano de ação, que institui o “um comitê coordenador global LGBTQA+, que se reúna virtualmente de forma regular, pelo menos uma vez a cada seis meses, e que inclua coordenadores regionais eleitos entre os membros dos comitês coordenadores regionais” para discutir questões ligadas à diversidade.


     

     










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