Notícia
SindSaúde-SP vai à caça ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mais uma vez, para cobrar que seja atendida a pauta de reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores da saúde estadual. A ação do SindSaúde-SP foi realizada pela diretora da região Leste I, Adriana Arduíno, na manhã da última segunda-feira (30), durante a inauguração do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Mulher, que fica dentro do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, na zona leste da capital.
Porém, diante das incessantes ações do Sindicato, o esquema de segurança está cada vez mais reforçado para impedir que a direção do Sindicato possa chegar próximo ao chefe do governo. A chefia do hospital, que conhece a atuação de Adriana junto ao Sindicato, a identificou para os seguranças de Tarcísio que ficaram o tempo todo ao seu lado monitorando suas ações.
Desde o início da manhã, as trabalhadoras e os trabalhadores foram para frente do Leonor com faixas e cartazes para exigir salário digno e melhores condições de trabalho. Uma das diretoras do hospital chegou a chamar a cobrança de situação “constrangedora”.
Contudo, constrangedor foi ouvir o governador chamando os trabalhadores do hospital de “anjos”, enquanto ele mesmo nega a valorização da categoria, não concede a Bonificação de Resultados apenas para os profissionais da saúde e trata o pagamento do piso da enfermagem com desdém.
O objetivo dessa caça era cobrar a pauta novamente e exigir que as reivindicações sejam atendidas. O documento com os pontos da Campanha Salarial 2023 foi entregue ao segurança sob a promessa de que o gabinete de Tarcísio tomaria ciência do conteúdo.
Além disso, Adriana cobrou da assessora que estava acompanhando o secretário de Saúde, que fosse dado um retorno pra a categoria sobre o reajuste do Prêmio de Incentivo, já que Eleuses afirmou na última reunião com a Comissão de Negociação do SindSaúde-SP que seria concedido ainda este ano. A assessora afirmou que iria repassar a cobrança para o secretário e para a Coordenadoria de Recursos Humanos.
Mesmo assim, a dirigente do SindSaúde-SP tentou dialogar com o governador e com o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, mas os seguranças e a assessoria os escoltaram e eles viraram as costas, assim, como estão fazendo com toda a categoria.
Terceirização
Além de ignorar os profissionais da saúde e seus representantes, tanto Eleuses quanto Tarcísio demonstraram a falta de compromisso com o trabalhador do serviço público de saúde e com os usuários, ao inaugurar uma unidade dentro de um equipamento da administração direta com contratação 100% privada.
O governo investiu R$ 6,5 milhões na reforma do prédio do hospital para abrigar o AME Mulher, entretanto, todos os trabalhadores que atuavam naquele espaço foram realocados, para que a gestão fosse entregue para a organização social (OS) Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (Cejam).