SindSaúde integra campanha de 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
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    SindSaúde integra campanha de 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    23/11/2023

    Crédito Imagem: CUT-SP

    Iniciativa que acontece no Brasil desde 2003, a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” ocorre consecutivamente em mais de 150 países no mundo para fomentar o debate e ações de prevenção e combate a essa forma de violência. 

    A mobilização começa em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e segue até 10 de dezembro, quando foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

    No Brasil, as manifestações têm início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, data simbólica em que o país lembra que as mulheres negras ainda ocupam a base da pirâmide. 

    No primeiro trimestre deste ano, das cerca de 50 milhões das mulheres negras que possuem idade para trabalhar, apenas pouco mais da metade estava inserida no mercado de trabalho (51,2%), diante de 72,2%, quando considerados homens brancos e amarelos, conforme apontou pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Ainda segundo o levantamento, a média de rendimento mensal de uma mulher negra é R$ 1.948, 48% do que os homens brancos e amarelos ganhavam em média.

    Violência

    Além disso, os casos de feminicídio aumentaram 6,1%: foram contabilizados 1.437 registros policiais de homicídios de mulheres com motivações misóginas em todo o país, enquanto as tentativas cresceram 16,9% em relação ao ano anterior.

    Também cresceu o número de mulheres que procurou delegacias para registrar a ocorrência de lesão corporal por misoginia ou violência doméstica. Foram mais de 245,7 mil notificações no país, um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior.

    Secretária de Igualdade de Oportunidades do SindSaúde-SP, Renata Scaquetti, destaca que a campanha tem como principal papel dar visibilidade e falar sobre a necessidade de medidas eficazes para prevenir a violência contra a mulher, principalmente por meio de políticas públicas. Além de inserir o movimento sindical nesta luta. 

    “Em São Paulo, por exemplo, o estado mais rico da nação, mesmo com uma lei do presidente Lula determinando que todas as delegacias da mulher devam funcionar 24 horas, incluindo nos fins de semana e feriados, somente 11 das 140 atendem a esse requisito. E esse é só um dos problemas estruturais. Como um sindicato da saúde formado majoritariamente por trabalhadoras, lutamos por políticas públicas de prevenção à violência, dentre as quais se destaca a Convenção 190 da OIT, que visa eliminar a violência e o assédio no mundo do trabalho. É nosso papel conscientizar, amparar, acolher e dar suporte a nossas companheiras vítimas ainda de um país machista e misógino”, diz a dirigente. 










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