Notícia
Desde a noite dessa quarta-feira (6), graças ao governador do estado de São Paulo e a seus aliados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a Sabesp não pertence mais ao povo do estado.
Assim como ocorreu com as privatizações de linhas do Metrô e da CPTM, em que a qualidade caiu e a população sofre com atrasos e falta de trens, também a partir de agora a água estará nas mãos da iniciativa privada.
O projeto enviado pelo governador foi aprovado por 64 votos contra 1. A oposição se ausentou em protesto ao tratamento da Polícia Militar a manifestantes.
Pessoas de várias idades, inclusive mulheres, foram tratadas à base de cassetetes e gás de pimenta, numa truculência tradicionalmente praticada pela PM contra quem se mobiliza em defesa de direitos que, ironicamente, favorecerão inclusive aos policiais, muitos deles, moradores em periferia, como a classe trabalhadora.
O povo ocupou as galerias da Alesp para protestar contra a proposta encaminhada pelo governador que não traz o preço de venda da ainda estatal, não aponta quanto de participação acionária restará ao estado, não indica garantias de investimento e sequer aponta como será a alegada redução tarifária.
Mas, mesmo sem qualquer referência mínima, os deputados que apoiam o governador lhe deram um cheque em branco e novamente tripudiaram sobre os interesses da população. Em especial, a necessidade fundamental de acesso à água.
O SindSaúde-SP se solidariza a todos e todas que estiveram nas galerias da Alesp para lutar por São Paulo, à oposição parlamentar que tentou frear a entrega de mais um patrimônio público e aos trabalhadores e trabalhadoras da Sabesp que dedicaram a vida para colocar a empresa em pé.
Governador, o funcionalismo não se curvará. A nossa luta continua em defesa de um estado para todos e todas.