Notícia
A Internacional de Serviços Públicos (ISP) promoveu entre os dias 4 e 6 de dezembro, em São Paulo, um encontro com dirigentes sindicais das Américas para discutir o cenário das(os) trabalhadoras(es) da saúde.
Além das trocas de experiência, os sindicatos também definiram a criação de uma Federação de Trabalhadores da Saúde com lideranças das subregiões, conforme deliberação aprovada em encontro da instituição em 2022, realizado na sede do SindSaúde-SP.
A direção será composta por seis representantes de cada subregião, sendo três titulares e três suplentes. O SindSaúde-SP, por meio da presidenta, Cleonice Ribeiro, irá ocupar uma das cadeiras titulares.
A federação terá como foco a defesa dos direitos trabalhistas dos profissionais do setor nas Américas, além de unificar forças para tratar de questões específicas de cada país a partir de experiências locais e também fortalecerá a organização internacional trabalhista para cobrar que a classe trabalhadora seja prioridade na definição do Tratado sobre Pandemias.
Presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice, durante encontro da ISP
O acordo costurado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) visa estabelecer princípios e compromissos para nortear a atuação dos governos durante pandemias como a Covid-19.
Porém, alertam as entidades, a medida não será efetiva se não considerar parâmetros que tenham como foco o trabalho decente para as(os) profissionais do segmento.
Dentre as prioridades estão o financiamento público para o setor, a renúncia às normas de propriedade intelectual que impedem o acesso às vacinas e à tecnologia médica, o compartilhamento de saberes como pesquisas científicas, a definição de políticas de cuidados para trabalhadoras(es) sequelados pela Covid-19, o combate às privatizações e a reafirmação do papel do Estado na gestão de sistemas de saúde pública.
Para Cleonice, a federação é de extrema importância para ampliar a potencialidade de mobilização e trocas como forma de garantir qualidade de vida não só à população atendida, mas também a quem atende os usuários dos sistemas.
“Como uma ampla atuação, conseguimos estabelecer uma articulação capaz de atuar em órgãos como a OIT e a Organização das Nações Unidas (ONU) sob o parâmetro dos direitos humanos afetados por diversas situações, como não ter vacina e pela falta de insumo. Quando cruzamos dados e saberes entre as trabalhadoras e trabalhadores dos países, ajudamos uns aos outros”, explicou.