Apenas até setembro de 2023, já haviam sido solicitadas 16.811 licenças-saúde de trabalhadoras e trabalhadores no Estado, conforme aponta Boletim do Observatório de Recursos Humanos produzido pela Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH). 

Para ajudar a frear esse cenário, o mais recente boletim da CRH traz ótimas dicas sobre como melhorar a qualidade de vida. Só tem um probleminha: será que alguém já avisou ao governo que boa parte das orientações são combatidas pelo próprio governo? 

Dá uma olhada. 

Dentre os problemas que causam má qualidade de vida estão os maus hábitos alimentares. Mas, como não ter gastrite, colesterol elevado, hipertensão, diabetes, obesidade, entre outros, tendo que se virar para comer com um tíquete de apenas R$ 12 que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) paga ao funcionalismo?

Para piorar, em muitas unidades de saúde a alimentação é sofrível, com questionáveis condições de higiene. O SindSaúde-SP, inclusive, já denunciou a presença de insetos em refeições. 

Outra orientação da publicação é combater o sedentarismo, o excesso de trabalho e a ausência de lazer. Certamente são questões graves, mas o governador poderia explicar como realizar atividades físicas se os profissionais mal têm tempo de descanso diante da necessidade de sobrecarga de trabalho com o objetivo de melhorar os salários.

Além disso, muitos são pressionados a fazer plantão porque a gestão Tarcísio não realiza concursos, não efetiva os aprovados, diminui as folgas da enfermagem e deixa faltar gente para atender a população. Novamente, claro, como é praxe, é a trabalhadora e o trabalhador que se desdobram para dar conta da demanda. 

Diante disso, se nos permite, para o próximo boletim, o SindSaúde-SP tem também dicas de pontos importantes para melhorar a qualidade de vida da categoria como atender a reivindicação de aumento do tíquete, oferecer salário digno, garantir o descanso adequado com cumprimento da jornada e realizar concurso público. 

Anotou, governador?