Notícia
Em reunião com delegadas e delegados sindicais de base das unidades municipalizadas da cidade de São Paulo nessa quarta-feira (10), o SindSaúde-SP discutiu estratégias de luta em defesa de direitos e contra o desrespeito que os governos estadual e municipal têm imposto à categoria.
Uma das reclamações é sobre a Gratificação de Municipalização, criada em 2003, mas que teve somente um reajuste irrisório desde então, incapaz de repor as perdas, e segue congelada. Além disso, não houve o pareamento entre níveis, conforme havia sido prometido pela prefeitura.
Também falta isonomia salarial entre os municipalizados e os concursados municipais que exercem a mesma função, mas tem vencimentos maiores.
As delegadas e delegados apontaram ainda a necessidade do complemento do auxílio alimentação e da Gratificação de Plantão Extra, sobre a qual a prefeitura de São Paulo deve valores aos municipalizados da enfermagem, que sequer foram incluídos entre os beneficiados por esse direito.
Três chefes, nenhuma responsabilidade
Secretário de Administração e Finanças do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, destaca que a representação da categoria é especialmente desafiadora por se tratar de um grupo sob gestão municipal, estadual e para piorar, em casos de unidades de saúde terceirizadas, também das Organizações Sociais de Saúde (OSs).
Diante disso, o próximo passo é aprovar a pauta dos municipalizados na assembleia do dia 19 e, posteriormente, convocar uma plenária do segmento para planejar uma agenda de ações.
“Quando vai reivindicar pelo municipalizado dentro da Secretaria de Saúde do estado, a resposta é que estão sob poder do município. E quando vai falar com a prefeitura, a informação é que são concursados do estado. Para piorar, entra também quem está sob orientação das OSs. Temos de definir uma frente ampla de atuação para tratar das questões específicas dessas trabalhadoras e desses trabalhadores, que seguem sendo pagos pelo estado, mas estão sob gestão da prefeitura”, explicou.
Secretária geral do SindSaúde-SP, Célia Regina Costa, ressalta que o sindicato aprofundará os debates com os delegados sindicais de base que integram as reuniões da Coordenadoria de Gestão de Pessoas e que cobrará uma resposta governo paulistano.
“Pediremos uma audiência com a secretaria municipal de saúde da capital para encaminhar as demandas. A ideia é que tenhamos uma melhor organização da mesa setorial de saúde no município”, explica.