O SindSaúde-SP explicará a partir dessa segunda-feira (5) as principais pautas da campanha salarial, aprovadas em assembleia no dia 19 de janeiro e apresentadas ao governo no último dia 31.

O primeiro item, o reajuste salarial cobrado pelo sindicato, é de 3,47% referente à reposição da inflação analisada ao longo do ano de 2023. Outros 2% são relativos ao aumento real de salários cobrado pelas trabalhadoras e trabalhadores.

Neste ano, a direção do SindSaúde-SP estabeleceu como estratégia separar as reivindicações anuais das históricas. Isso porque, além dos percentuais equivalentes a 2023, a categoria também cobra um acordo para recompor as perdas acumuladas ao longo dos últimos 10 anos que atingem 43%, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese).

Dinheiro em caixa
O estudo realizado pelo Dieese destaca ainda que recursos não faltam para pagamento. Segundo o levantamento, o comprometimento da Receita Corrente Líquida Ajustada (RCLA) com despesas de pessoal no estado entre 2019 e 2023, sempre ficou bem abaixo do limite prudencial de 46,55%.

Em 2023, por exemplo, no primeiro quadrimestre ficou em 35,29% e no segundo, em 40,21%. Em 2024, boa parte desses valores, o equivalente a 46,6%, estarão nas mãos da iniciativa privada, que comandam unidades de saúde pública por meio de instituições como as Organizações Sociais (OSs).