Notícia
A saúde não é feita apenas de prédios e equipamentos. Essenciais para atender a população com qualidade, as trabalhadoras e trabalhadores da saúde tem sofrido há anos com a queda do número de profissionais nos equipamentos públicos da administração direta e das autarquias por conta de saídas que não são repostas.
Os números comprovam a defasagem. Conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nos últimos 10 anos, a quantidade de trabalhadoras e trabalhadores ligados à Secretaria Estadual da Saúde (SES) tem caído de maneira preocupante.
Enquanto em 2013 havia 56.449 pessoas no setor, conforme análise do departamento, em 2023 são 36.211.
A principal razão para saída dos profissionais, aponta análise da própria secretaria, é a aposentadoria e um quadro cada vez mais envelhecido por conta da ausência de concursos e renovação de pessoal. Apenas entre 2018 e 2023, 9.665 pessoas se aposentaram, contabilizadas aqui as compulsórias, especiais, por invalidez e involuntárias.
O segundo motivo de saídas de profissionais da saúde, rescisão contratual, representa menos da metade do total, com 4.116 casos.
Outra questão preocupante é a faixa etária. Trabalhadoras e trabalhadores com idade acima de 50 anos são 42% do pessoal. Somente 1% tem entre 20 e 30 anos de idade, aponta levantamento realizado pela secretaria em outubro de 2022.
Diante disso, a reivindicação do SindSaúde-SP, de abertura de concursos públicos e o fim das terceirizações promovidas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se mostra fundamental para atender a população paulista e garantir saúde de qualidade e acessível a todos, conforme determina a Constituição brasileira.