Notícia
Já dizia o filósofo e posta espanhol George Santayana, “aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”, portanto, discutir a ditadura cívico-militar é o dever de toda nação que deseja se afastar de manchas como essa capazes de marcar um país por décadas, como pudemos ver com ascensão da extrema-direita no Brasil.
Aprendemos que conciliações não são feitas com base na ausência de debates e de discussões, portanto, cabe a uma organização sindical comprometida com a democracia, como o SindSaúde-SP, levar às suas bases conteúdos que contribuam com o olhar crítico sobre um período que mergulhou o país em retrocessos econômicos e sociais e a arte é uma ótima aliada para ampliar a consciência.
Para além desse de produções culturais relacionadas a esse debate fundamental, temos dicas de circo, exposições, cinema e até boteco, porque, afinal, hoje é sexta-feira.
Então, vem com a gente.
Nossa coluna é uma parceria da Secretaria de Imprensa e Comunicação com a Secretaria de Atividades Sociais e Culturais do SindSaúde-SP. Para isso, contamos com a participação de todas e todos para divulgar atividades de todas as regiões do estado. Participe! Mande sua dica para [email protected].
ESPECIAL 60 ANOS DA DITADURA CÍVICO-MILITAR
Economista aponta para quem o “milagre econômico” foi bom
No ano em que a ditadura cívico militar completa seis décadas de seu início, pouco se falou sobre o tema, algo essencial para que erros do passado não se repitam no presente e no futuro. Especialmente a partir de ideias como o “milagre econômico”, usado pela extrema-direita para tentar convencer a sociedade de que defender prisões e torturas é um 'mal menor' para estabelecer o bem-estar no país. Para além das questões dos direitos humanos a mestra e doutora em desenvolvimento econômico, Juliane Furno, explica quem se benefiicou verdadeiramente do dito milagre e como a concentração de renda e o endividamenteo externo empobreceram a maior parte do país por muitos anos.
Onde assistir: YouTube
Mostra no Museu da Pessoa traz histórias de quem viveu a ditadura
A exposição digital “Cotidianos e heranças da ditadura”, disponível no site do Museu da Pessoa, traz depoimentos de quem sentiu na pele o que foi o Brasil entre 1964 e 1985. As histórias contadas por pessoas como o indigenista Ailton Krenak, a assistente social Adélia Silva Prates e o artista Elifas Andreato tratam de tema que vão da violência física à devastação ambiental e ajudam a entender porque defender torturadores é um atestado de estupidez.
Mostra Permanente Cotidianos e heranças da ditadura
Quando: Exibição permanente
Onde assistir: Museu da Pessoa
Quanto: Grátis
Cine Freire apresenta filmes que retrataram a ditadura cívico-militar
A última dica desse bloco é a programação da Escola Nacional Paulo Freire, que exibe obras onde a luta contra a ditadura é o tema. Apesar de os filmes não serem apresentados no final de semana, a gente resolveu abrir exceção porque o tema é muito importante para as atuais e futuras gerações. Então, programe-se e leve a família.
Cine Freire
Quando: Toda quarta-feira, às 19h
10 de abril – O pastor e o guerrilheiro
17 – O que é isso companheiro?
24 – Marighella
Onde: Escola Nacional Paulo Freire
Rua São Daniel, 119 – Vila Brasílio Machado – São Paulo
Quanto: Grátis
EXPOSIÇÃO
Óculos de Okotô propõe outras formas de viver a partir da visão africana
O ensaio “Óculos de Okotô”, da artista amazonense Keila Serruya Sankofa, defende a necessidade de estabelecer, a partir dos saberes africanos e afro-brasileiras, uma nova forma de se relacionar com as pessoas e o meio ambiente em busca de uma sabedoria que preserve a vida e não seja norteada pela morte. Não há respeito sem que se entenda que tudo pulsa e se interconecta, pontuam as obras.
Óculos de Okotô
Quando: A partir de sábado (6) até 9 de junho – 9h às 21h
Onde: Hall da estátua da Biblioteca Mario de Andrade
Rua da Consolação, 94 - República, São Paulo
Quanto: Grátis
CIRCO
Circo Zika brinca para mostrar que a dengue é assunto sério
Quando o palhaço Abelardo Biloba, de nome inspirado em Aberlado Barbosa, o apresentador Chacrinha, passou a ter problemas de relacionamento com a grande artista do circo, a pulga acrobata Juliette, e abriu espaço para a contratação de outras espécies, mal imaginou o problema que teria. Isso porque a vaga é preenchida por um tal de mosquito Zika, que como sabemos, causa estragos grandes. Uma forma de tratar um problema grave pelo qual passa o estado de São Paulo com humor, a apresentação é uma ótima pedida para crianças de todas as idades.
Circo Zika
Quando: Sábado | 15h
Onde: Centro Cultural da Penha
Largo do Rosário, 20 - Penha de França – São Paulo – SP
Quanto: Grátis
GASTRONOMIA
São Paulo recebe mais um espaço dedicado à agroecologia
Apreciadores de café e outros produtos orgânicos ganham um nova opção a partir deste sábado (6). A primeira Casa Raízes do Campo, misto de loja e cafeteria, passará a funcionar na Avenida Angélica, em Santa Cecília, de terça a sábado, das 8h30 às 18h30.
Inauguração da primeira Casa Raízes do Campo
Quando: Sábado | 8h30 às 18h30
Onde: Avenida Angélica, 681 – Santa Cecília -São Paulo
Quanto: Entrada gratuita
Festival Cultura de Boteco ocupa Parque da Água Branca neste fim de semana
Mas, se o seu lance não é bem um cafezinho, o que não faltarão serão petiscos e bebidas de boteco para saborear. O Festival Cultura de Boteco, promovido pela Sociedade Paulista de Cultura de Boteco (SPCB), contará com dez dos melhores bares de diferentes regiões da cidade, além de apresentações musicais. Comidas diversas e bebidas estarão no cardápio, acompanhadas pela apresentação de nomes como Iara Rennó e Ná Ozzetti, que no domingo faz um tributo ao ícone paulista Rita Lee e a Carmen Miranda.
Festival Cultura de Boteco
Quando: Sábado (6) e domingo (7) | 12h às 19h
Onde: Parque da Água Branca
Avenida Francisco Matarazzo, 455 - Água Branca – São Paulo
Quanto: Grátis
CINEMA
Festival Sesc Melhores Filmes exibe as obras mais votadas em 2023
O festival de cinema mais antigo de São Paulo completa 50 e exibe anualmente os filmes votados pelo público e pela crítica como os melhores do ano anterior, além de clássicos e obras inéditas. Paralela à apresentação na sala, haverá opões para ver em casa, como “Uúra: a retomada da floresta”. O documentário retrata a luta de uma artista trans indígena que viaja pela floresta amazônica para ensinar jovens indígenas a enfrentar o racismo estrutural e a transfobia no Brasil. A película é uma das opções da sessão gratuita e estará disponível de 00:01 de 6 de abril até 23:59 do dia 7.
Festival SESC Melhores Filmes
Quando: de 3 a 24 de abril
Onde: CineSesc
Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César – São Paulo e sessões digitais
Quanto: R$10 (valor único) e sessões especiais gratuitas
Informações, programação e ingressos antecipados disponíves no site do SESC