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    Como ganhar dinheiro com o patrimônio dos trabalhadores(as)?
    Autor: Direção do SindSaúde-SP
    08/04/2024

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer entregar os bens públicos para o setor privado. O governo anunciou um “pacotão” de entrega de imóveis públicos e entre eles está o Prédio da Administração do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). Com a entrega do imóvel, os trabalhadores do serviço público, que são usuários do convênio, e profissionais que atuam na unidade serão afetados.

     

    O Iamspe é nosso! Somos trabalhadores do serviço público e garantimos o financiamento do Instituto sozinhos, sem a contrapartida do governo do estado de São Paulo, que deveria ser de 2% a 3% assim, como é pago pelos trabalhadores, seus agregados e dependentes.

     

    É no Prédio da Administração que está a superintendência, o departamento de recursos humanos – responsável pela folha de pagamento de quase 4 mil profissionais –, a procuradoria, a informática, o departamento responsável pela regulação de consultas, exames laboratoriais e convênios (Decam), contabilidade e compras. De contato mais direto com os usuários está o setor de cadastro, a ouvidoria e o protocolo.

     

    Ali também fica o Centro de Desenvolvimento de Ensino e Pesquisa (CEDEP), que é responsável pelo Programa de Residência Médica, Graduação, Pós-graduação Latu Sensu (especialização) e Stricto Sensu (Mestrado, Doutorado e Pós-graduação); pelo Programa de Estágio; e pela Revista Científica do Iamspe.

     

    Também estão no imóvel o Núcleo de Inovação Educacional; o Núcleo de Educação Médica e Enfermagem Continuada; o Centro de Simulação Realística (Cesir); a Biblioteca; e o Comitê de Ética em Pesquisa. Todos esses setores que são de grande importância para garantir a qualidade no atendimento, formando profissionais e o desenvolvimento em pesquisa na área da saúde, fatores que tornaram o serviço do Iamspe ser reconhecido por sua excelência.

     

    Além disso, no terreno estão o setor de transporte, a agência bancária que atende os profissionais e usuários, o estacionamento dos funcionários e a creche que atende aos filhos dos profissionais que atuam na unidade.

     

    Com o anúncio da venda do prédio, as trabalhadoras ficaram temerosas de que o serviço da creche seja encerrado e fiquem desamparadas, pois não há creches municipais que atendam a demanda de profissionais que trabalham por 12 horas.

     

    Especulação imobiliária

    O governo está jogando com a especulação imobiliária e anunciou, na última quarta-feira (3), a previsão da venda de 31 dos 60 imóveis públicos do estado que serão desocupados na região central da cidade de São Paulo.

     

    O governo argumenta que a intenção é fazer um remanejamento dos prédios públicos e reduzir custos. No total, a estimativa é que a venda de todos os imóveis que serão colocados à venda por meio de leilão possa arrecadar R$ 1,5 bilhão. As datas dos leilões ainda não foram confirmadas, mas serão anunciadas pela Secretaria de Gestão do Estado.

     

    Entre eles, o Prédio da Administração do Iamspe, na avenida Ibirapuera, bem próximo ao parque de mesmo nome e, a uma quadra da estação AACD/Servidor da linha lilás do Metrô, localizado em uma das áreas mais nobres da capital paulista. O terreno do imóvel possui cerca de 14 mil metros quadrados e pode chegar ao valor de R$ 350 milhões, segundo informações do próprio governo.

     

    O SindSaúde-SP está articulando com as demais entidades representantes do funcionalismo para lutar contra esse absurdo. Não é possível que o patrimônio do funcionalismo público seja entregue à iniciativa privada.

     

    Por isso, o SindSaúde-SP e as demais entidades do funcionalismo que compõe a Comissão Consultiva Mista (CCM), estão convocando todos os trabalhadores e usuários do Iamspe para o grande ato contra a venda do prédio, no dia 25 de abril (quinta-feira), às 9h.

     

    Também convidamos os profissionais para participar da audiência pública, convocada pela Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe, no dia 22 de abril (segunda-feira), às 17h30, no Auditório Paulo Kobayashi, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

     










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