No dia 15 de maio (quarta-feira), a partir das 7h, as trabalhadoras e os trabalhadores do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) suspenderão as atividades durante 24 horas. Por um dia, cruzarão os braços em frente ao Ambulatório do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) para denunciar a situação caótica que enfrentam.

Os profissionais que atuam no Iamspe aprovaram a paralisação, em assembleia realizada na última quarta-feira (8), contra o descaso do governo, que afirmou, não irá atender as demandas dos trabalhadores do Iamspe e os mantêm sobrecarregados e desvalorizados. A atividade foi conduzida pela presidenta da Afiamspe e delegada sindical de base, Ana Cristina Manente, pela secretária de Assuntos Jurídicos, Regina Bueno, e pela secretária-Geral, Célia Regina Costa.

O SindSaúde-SP questiona o fato de a gestão estadual ter dinheiro para investir na parte digital, criar aplicativo e pagar empresas terceirizadas, enquanto diz aos trabalhadores e trabalhadoras do instituto que está em contingenciamento e não pode abrir concurso público e pagar a bonificação.

Os profissionais que atendem ao funcionalismo ganham os menores salários da saúde estadual e estão com a Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Gdamspe) congelada desde 2014. Por isso, exigem que o valor seja equiparado ao do Prêmio de Incentivo.

As trabalhadoras e trabalhadores do Iamspe apontam também que se houvesse a contratação de mais profissionais por concurso, com salários condizentes ao mercado, os usuários não teriam que ficar tanto tempo esperando por atendimento, que segundo os relatos dos últimos meses, chegou a casos de 8 horas para passar pela primeira avaliação médica.

Piso

O SindSaúde-SP e a Afiamspe cobram que o Iamspe pague o valor integral do Piso Nacional da Enfermagem, conforme foi determinado pela Lei 14.434/2022 e por isso, o sindicato judicializou a cobrança. Durante a assembleia, o advogado Danton Gabriel Pain, que é especialista em direito público e previdenciário e atua no escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, parceiro do SindSaúde-SP, explicou o andamento do processo aos presentes.

Na ocasião, as dirigentes do SindSaúde-SP reforçaram que esse processo não seria necessário se o governo do estado de São Paulo pagasse o piso, assim como faz o município de São Paulo, de Ribeirão Preto e tantos outros hospitais privados, onde a enfermagem recebe salários acima do piso da enfermagem.  

Participe dessa luta! O Iamspe pede socorro! O Iamspe é nosso!

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