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    A única forma de Taipas sobreviver é ir à luta, aponta o SindSaúde-SP
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    15/05/2024

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Serviu como alerta. Em assembleia com trabalhadoras e trabalhadores do Hospital Geral de Taipas, unidade localizada no extremo Norte de São Paulo, nesta quarta-feira (15), o vice-presidente do SindSaúde-SP, Hélcio Marcelino, resgatou as tentativas do sindicato em convocar a categoria à luta.

    Mas ele lembrou que a falta de adesão às mobilizações levou ao risco latente de terceirização que agora o equipamento corre em um pacote anunciado pelo governo paulista.

    “Há três, quatro anos houve alteração da lei que trata da entrega das unidades de saúde ao setor privado. Nós viemos aqui para dizer que um dia iriam terceirizar também o Taipas e mandar vocês embora, caso a medida fosse aprovada, mas não conseguimos nem fazer a reunião porque não houve acolhida, acharam que era alarmista. O cenário é o que está aí, com 380 dos 600 hospitais administrados pelo setor privado, com mais da metade do orçamento estadual, R$ 6 bilhões, nas mãos das OSS (Organizações Sociais de Saúde)”, pontou.

    O dirigente ressaltou que recordar isso é fundamental para nortear os próximos passos e não deixar dúvidas sobre quais caminhos devem ser adotados pelos 740 profissionais empregados no local.

    “A única saída é não ficar preso aqui dentro e ir à luta pelo hospital, pelo emprego, por direitos e atendimento à população. A tarefa de vocês é pegar os colegas de trabalho que não vieram porque vocês já vinham e dizer que só tem um jeito de não morrer, é eles virem juntos. No dia 13 de junho, a participação de todos será fundamental”, disse.

    Próximas mobilizações

    A data citada pelo dirigente foi a escolhida pelo sindicato para a realização de um ato e assembleia geral, às 10 horas, diante da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que dará prosseguimento às mobilizações que têm sido organizadas pela entidade.

    Apenas nesta quarta, o SindSaúde-SP também promoveu uma manifestação em defesa do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), mais um patrimônio público que o governo deseja vender, e reúne-se nesta tarde com representantes da SES.

    Durante o encontro pela manhã, que contou também com o Diretor do SindSaúde-SP da Região Oeste I da Capital, José Carlos Salvador, e com o delegado sindical de base João Maia, representantes do sindicato discutiram estratégias para denunciar à comunidade os riscos da terceirização. Inclusive uma greve no Taipas, que será debatida nos próximos dias.

    Enquanto Maia destacou a importância da coragem para mobilizar e impedir o avanço do sucateamento no setor público, o advogado que presta serviço ao SindSaúde-SP, Felipe Gomes, respondeu a dúvidas como a necessidade de as trabalhadoras e trabalhadores assinarem um termo de anuência. Segundo ele, isso não é necessário e muito menos recomendável, já que significa que concordam com o processo.

    Porém, mais destalhes seriam especificados por um decreto que não foi assinado como apêndice regulamentador da medida. A lei que trata do tema e que nortearia o modelo previsto para vigorar em Taipas, apenas com a troca de gestão, foi aprovado no final de 2023 ao final do ano, sem muitas discussões ou detalhamento.


     










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