Notícia
Em mesa de negociação realizada no dia 30 de abril, o SindSaúde-SP cobrou que a atual gestão encaminhasse algumas pautas que continuam pendentes nesse primeiro ano de gestão do atual diretor técnico. Entre as reformas realizadas nesse período, ficaram de fora demandas que beneficiariam os usuários e um maior número de trabalhadores.
Participaram da mesa o diretor do Mandaqui, Vanderlei de Almeida Rosa; a diretora de RH, Andrea de Lurdes Guimarães de Araújo; Sueleni Ferreira Forte, gerente de enfermagem; e Samantha Ignês Chabaribery, diretora de infraestrutura. Pelo SindSaúde-SP, o diretor regional Florisvaldo Rodrigues e as delegadas e delegados sindicais de base Lucimar, Clóvis, Neide, Eliane, Rodrigo e as trabalhadoras Luzia e Maria Bronstein.
Infraestrutura
Os representantes do Sindicato cobraram a manutenção em todo o complexo e pontuaram problemas presentes no local:
- A falta de segurança, de iluminação e de sinalização nas vias, como a pintura de faixas de pedestres e de lombadas;
- A implementação de um melhor sistema de escoamento para acabar com as poças d’água das vias internas;
- A manutenção do jardim, que está sem as podas necessárias;
- A falta de acessibilidade para os trabalhadores com dificuldade de locomoção no pavilhão “Dr. Antonio Rodrigues Guião”;
- A necessidade de conserto da máquina de fracionamento de medicamentos da Farmácia, que está quebrada há alguns meses;
- A falta de copos descartáveis para os usuários e funcionários beberem água;
- A não conclusão do sistema de escoamento do telhado e do ar-condicionado do refeitório, ambos que são de responsabilidade de uma empresa terceirizada;
- As frequentes quedas de energia, que também é um dos pontos de grande atenção, principalmente, quando ocorrem após o acionamento de equipamentos que fazem parte da rotina do hospital;
- A falta de conserto de equipamentos e de manutenção no Centro de Materiais.
Contudo, apesar das cobranças do sindicato, houve reformas na sala da diretora de infraestrutura, mas os espaços que abrangem um maior número de trabalhadores e usuários continuam sem solução. O que se coloca em questão: o que é prioridade no Mandaqui?
A gestão demonstrou incômodo ao ser questionada sobre as prioridades definidas pela gestão em detrimento de problemas de âmbito coletivo. Inclusive, em relação a esse ponto, na ocasião da reforma da sala da diretora de infraestrutura, a secretária de Saúde do Trabalhador do SindSaúde-SP, Janaína Luna, solicitou um relatório com os materiais utilizados, tendo em vista o registro de casos de profissionais que passaram mal com o forte odor. Esses trabalhadores foram submetidos a avaliação médica e foram dispensados.
O sindicato também solicitou que as reformas sejam realizadas após aviso prévio e com isolamento das áreas.
Respostas
O diretor do Mandaqui afirmou que o contrato de jardinagem é insuficiente para o tamanho do parque, que seria necessário ampliá-lo. Em relação, às demais demandas, segundo o diretor do hospital, ele participou de uma reunião com o Secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, que afirmou que havia a previsão de um repasse para reforma e manutenção de setores de hospitais da administração direta, entre eles, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Conjunto Hospitalar do Mandaqui. Contudo, o diretor afirmou que o hospital da zona norte ficou com a menor fatia.
Desvio de função
O SindSaúde-SP também salientou a necessidade de adequação às atribuições da enfermagem, que de acordo com o Parecer do Conselho Federal de Enfermagem nº 106/2021/COFEN, determina que “não compete a equipe de enfermagem a condução do meio ao qual será transportado o paciente pós-morte (cadáver).”
Recursos Humanos
O SindSaúde-SP destacou o acúmulo de pedidos não atendidos, como atraso no processo de aposentadoria, de concessão de quinquênio e de sexta-parte; falta de profissionais para fazer o atendimento aos trabalhadores e a necessidade de que haja plantonistas no RH para atender aos profissionais do noturno. A direção do Sindicato também cobrou a necessidade de formação para os profissionais que fazem o atendimento aos trabalhadores para que não haja informações em desacordo com as mudanças de legislação.
Ainda durante a mesa do dia 30 de abril, o SindSaúde-SP solicitou que houvesse prioridade nos casos das aposentadorias e demais questões que gerem impacto financeiro.
Respostas
A diretora de RH informou que os atrasos estão acontecendo por falta de profissionais para dar cona da demanda e que a partir dali seria aberto um diálogo com o RH para tratar desses temas.
IMPORTANTE: O SindSaúde-SP orienta que os pedidos no RH sejam protocolados e casos os problemas continuem persistindo que procurem o Sindicato para receber as devidas orientações.
Permutas
Já como resultado da mesa de negociação, o SindSaúde-SP, representado pelo diretor regional, Florisvaldo Rodrigues, e pela DSB, Lucimar, debateu com a gerência de Recursos Humanos, em reunião realizada no dia 29 de maio, a exigência de permuta entre trabalhadores quando há pedido de mudança de setor.
O Sindicato é contra tal determinação e entende que o trabalhador que solicita a mudança de setor precisa ter sua demanda acolhida, sem que haja a necessidade de trocar com alguém (fazer a permuta), uma vez, que há fatores importantes que estimulam esses pedidos, entre eles, a má organização dentro do setor, a falta de diálogo, problemas na relação chefia/trabalhadores e a sobrecarga de quem está na ativa. O diretor regional dialogou para que a gerência de RH, faça uma interlocução com os responsáveis pelos setores, para sanar o problema.
Frequentes ameaças de terceirização
Ao assumir a gestão do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Dr. Vanderlei de Almeida Rosa afirmou: “Eu só vim pra cá, porque não ia terceirizar!”. Por coincidência ou não, foi a mesma frase dita pelo diretor do Hospital Geral de Vila Penteado em reunião com a direção do SindSaúde-SP, após a anúncio da entrega total da gestão do equipamento para uma organização social (OS).
Realmente, a gestão do hospital não foi entregue, mas os principais serviços estão sendo terceirizados. O Pronto Socorro Infantil e o 4º andar A e B, de internação de clínica médica estão passando pelo processo de entrega. A alegação da gestão anterior, que deu início ao processo era por falta de profissionais médicos e enfermagem.
De acordo com trabalhadores e usuários, com a chegada das OSs, no PS Adulto por exemplo, o caos foi instalado. O complexo está todo fatiado e não há abertura de concurso para repor o quadro. Os pacientes ficam horas esperando por atendimento e outros são encaminhados para unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), tendo o atendimento “negado” no Mandaqui.
É isso que vamos ver no PS Infantil? E as internações da clínica médica, serão apenas dentro da meta contratual, deixando nossos pacientes desassistidos?
As privatizações estão assombrando os colegas do Penteado e do Taipas. Vamos deixar o mesmo acontecer com o Mandaqui?
Ou vamos lutar para que haja abertura de concurso para contratar os 390 profissionais da área técnica para compor o quadro e assim acabar com a desculpa da terceirização?
PARTICIPE DA ASSEMBLEIA GERAL DA SAÚDE, NO DIA 13 DE JUNHO, EM FRENTE À SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE, ÀS 10H.