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    SindSaúde-SP pressiona e conquista mesa de negociação no IPGG
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    04/06/2024

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Após atos e panfletagens para denunciar a postura truculenta e ações de assédio moral da gestão do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IPGG), comandada pelo diretor Francisco Souza do Carmo, o SindSaúde-SP conseguiu estabelecer três mesas de negociação e a periodicidade dos encontros. 

    Em reunião que ocorreu nesta terça-feira (4) e que contou com a presidenta do sindicato, Cleonice Ribeiro, a Secretária de Saúde do Trabalhador, Janaína Luna Santos, a Secretária de Atividades Sociais e Culturais, Valeria Fernandes, e da diretora a Região Leste II da capital, Amélia Oliveira, foram definidos os espaços de diálogo. 

    Haverá uma reunião mensal do SindSaúde-SP com a diretoria do IPGG, um encontro mensal com a Comissão de Saúde das Trabalhadoras e Trabalhadores (Comsat) para ouvir as reivindicações dos profissionais, e uma negociação bimestral com delegadas e delegados sindicais de bases (DSBs) para destravar outros pontos ainda pendentes para a categoria. 

    Na atividade que contou também com integrantes da Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH) e com a Coordenadoria de Serviços de Saúde (CSS), ficou definido que o calendário das atividades será estabelecido diretamente pela primeira para garantir que as negociações efetivamente ocorram. 

    Segundo a presidente Cleonice Ribeiro, também foi acertado que as tratativas não resolvidas diretamente na negociação com a diretoria do instituto serão levadas aos encontros do sindicato com a CRH. 

    “O primeiro passo foi dado, avançar em um processo de negociação que há muito tempo tentamos desbloquear para que possamos acessar a unidade e discutir o fim de casos de assédio moral. Não é possível, por exemplo, que tenhamos no local 213 profissionais e 69 câmeras como forma de oprimir as trabalhadoras e trabalhadores”, criticou.

    Para a diretora Amélia Oliveira, os acordos definidos na mesa representam uma redefinição os processos de diálogo. “A reunião de hoje foi passo muito importante porque ocorreu uma abertura ao sindicato dentro da unidade. Foi estabelecido o respeito com o sindicato e agora esperamos entrar na unidade sem sermos hostilizados, conforme orientação da CRH à direção do IPGG”, disse. 

    De acordo com Valéria Fernandes, a expectativa também é que outras situações, como a troca de horários sem consulta aos profissionais seja um método deixado para trás. 

    “Repetimos o que já havíamos dito nos nossos encontros com o CRH, de que vimos inversões de turno que não se explicavam, o pessoal atuando com muita tensão, porque tinha gente que saia de férias ou licença-prêmio e muitas vezes descobria que havia sido colocada à disposição pela gestão quando retornava”, afirmou. 

    Histórico de abuso 

    Em atos recentes, o SindSaúde-SP apontou que as denúncias de abusos no instituto localizado em São Miguel Paulista, zona leste da capital paulista, ocorrem desde 2014, quando o atual diretor assumiu o comando da unidade. 

    De acordo com pessoas que trabalham no local, além dos pontos já citados, Francisco do Carmo adotou como método de trabalho os maus tratos, o desrespeito e a humilhação expresso também em ofensas. Profissionais ouvidos pelo sindicato relataram que o cenário de baixa autoestima por conta das perseguições é geral e que xingamentos são comuns. 

    Além disso, as condições de trabalho na unidade são péssimas, com ambulância obsoleta, materiais de trabalho próximos ao vencimento, salas sem refrigeração e com câmeras até na copa. Na relação com os profissionais, a situação seria ainda pior, com a suspensão de atendimento e coleta de exames domiciliares para pacientes incapacitados e o afastamento de cerca de 80 profissionais, tanto do setor gerencial quanto assistencial, que saíram por conta da postura truculenta do gestor. 










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