As trabalhadoras e os trabalhadores do Hospital Geral de Vila Penteado denunciaram, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (6), que estão sofrendo com o descaso das empresas terceirizadas que estão atuando em alguns setores do hospital. “É isso que vocês querem? Que esses problemas, os assédios, a sobrecarga e o sucateamento desses setores terceirizados se espalhem por todo o hospital com a entrega da gestão para empresa privada?”, questionou de diretor da região Oeste II pelo SindSaúde-SP, Rinaldo Novaes.

Diante da situação, os profissionais presentes afirmaram que haverá mobilização para participar da assembleia geral estadual da próxima quinta-feira (13), em frente à Secretaria de Estado da Saúde (SES), quando vão cobrar ao secretário da Saúde, Eleuses Paiva, que o processo de privatização seja interrompido.

O Penteado tem um déficit de cerca de 450 profissionais, devido ao descaso do governo que não abriu concurso público para repor o quadro após os pedidos de aposentadorias e exonerações ou até mesmo falecimentos. E é exatamente essa falta de trabalhadores, ocasionada por uma escolha política, que o governo está usando como desculpa para colocar a unidade à venda.

Os profissionais também citaram as perdas que o equipamento está sofrendo desde que foi encerrado o programa de residência do Penteado, o que ocasionou a redução do número de cirurgias ortopédicas.

Após ouvir os problemas que os profissionais estão enfrentando na unidade e responder as dúvidas, o diretor regional também abordou as lutas do SindSaúde-SP pelo pagamento integral do piso da enfermagem e lembrou que os companheiros do Hospital Geral de Taipas estão mobilizados nesta quinta-feira e que é necessário unir forças para garantir a vitória desta luta.

"Foi com muita luta que conquistamos a jornada de 30 horas, o reajuste do Prêmio de Incentivo e garantimos a manutenção do pagamento do adicional de insalubridade, que o governo tentou tirar durante a Pandemia. E vai ser com luta que nós vamos garantir que esse processo de privatização seja derrubado", concluiu Novaes.