Notícia
O SindSaúde-SP participou nesse final de semana de duas discussões para definir os indicados ao Conselho Municipal de Saúde da cidade de São Paulo.
No sábado (29), no Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo, na região central da capital, as organizações sindicais que representam as trabalhadoras e trabalhadores da saúde em âmbito municipal apontaram, conforme determinava o regimento para a eleição, quatro representantes.
O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) definiu os nomes para duas vagas e o SindSaúde-SP encaminhou a Diretora da Região Leste II da Capital, Amélia Oliveira, como titular, e a Secretária de Atividades Sociais e Culturais, Valeria Fernandes, como suplente.
Amélia aponta a importância de os profissionais da saúde focarem naquela que é a principal missão da categoria, manter o SUS vivo e ampliar a qualidade do serviço oferecido.
“Não podemos perder de vista que nossa luta é para que a saúde pública não suma e cresça em qualidade e não apenas numa falta quantidade. Porque após as terceirizações e privatizações com as OSSs (Organizações Sociais de Saúde), os médicos têm tempo para fazer atendimento e isso não se traduz em qualidade. Como trabalhadoras da saúde voltada à representatividade de todos, temos que trabalhar cada vez mais para que isso mude”, diz.
Para Valéria, a escolha das representantes reforça o respeito ao caráter democrático do processo, previamente discutido, e a continuidade da participação social em mais um espaço construído por organizações que historicamente lutam pelo acesso universal ao SUS.
“Temos a certeza de que não serão dias fáceis, mas estaremos todos imbuídos do mesmo espírito de defesa do sistema e das trabalhadoras e trabalhadores em detrimento de interesses pessoais. O momento que vivenciamos, de entrega do patrimônio público, exige mobilização e muita luta”, definiu.
Centrais
Também no sábado, o sindicato foi sede dos debates para estabelecer representantes das centrais sindicais. Em encontro que contou com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e União Geral dos Trabalhadores (UGT), foram definidos o Secretário de Saúde e Meio Ambiente do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Alex Ricardo Fonseca, representante da CUT, como titular, e a 1ª Secretária Adjunta para Políticas de Qualificação Profissional da UGT, Rosilânia Corrêa Lima, como suplente.
Presente na atividade, a Secretária de Saúde do Trabalhador do SindSaúde-SP, Janaína Luna, ressaltou que ao assumirem as pastas, os dirigentes defenderão o comprometimento do conselho com a defesa do Sistema Único de Saúde, principalmente, a partir de políticas de reestruturação dos Centros de Referência em Saúde do Trabalho (CRST), especialmente, com a ampliação do atendimento.
“A prioridade para este momento é cobrar a abertura de concursos públicos como forma de aprimorar a qualidade dos serviços e a fiscalização sobre as OSSs (Organizações Sociais de Saúde) que vencem as privatizações e terceirizações promovidas pelo governo, mas não cumprem com os compromissos assumidos, sucateando a estrutura oferecida aos profissionais da saúde, o que impacta diretamente na queda da qualidade do atendimento à população”, explica.
Composição – O Conselho Municipal de Saúde surgiu em 2013 e atualmente é composto por 65 integrantes, entre titulares e suplentes que representam os diversos segmentos da sociedade, dentre os quais, os profissionais do setor que direito a indicar 8 representantes por meio de entidades sindicais gerais (2 nomes), conselhos de fiscalização do exercício profissional de atividade-fim (2), conselhos de fiscalização de exercício profissional de atividade-meio (1), entidades sindicais de categorias profissionais da área da saúde (2) e associações de profissionais liberais da área da saúde (1).
O órgão tem como função discutir e realizar ações promoção, proteção e recuperação da saúde da população do município de São Paulo, por meio do SUS. As gestões são bienais e os atuais conselheiros assumirão o mandato até 2029.