Notícia
Em reunião realizada na última terça-feira (30) com uma comissão multiprofissional do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) e representantes dos usuários, o SindSaúde-SP debateu sobre as mudanças que acontecem na assistência e como as trabalhadoras e os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) são afetados pela gestão de Organizações Sociais de Saúde (OSSs) ou por terceirizações.
Os(as) trabalhadores(as) e usuários estão inseguros em relação à possibilidade de terceirização ou mudança de gestão, principalmente, levando em consideração que o Instituto tem mais de 100 anos de existência e presta um serviço de excelência no tratamento de doenças infecciosas com atendimento 100% voltado aos usuários do SUS.
Durante a reunião, a secretária de Assuntos Jurídicos do SindSaúde-SP, Regina Bueno, o diretor da região do Quarteirão da Saúde, Rubens da Silva, e o assessor jurídico Felipe Anderson Gomes da Silva, compartilharam com os(as) trabalhadores(as) e usuários os prejuízos causados pelo processo de terceirização e de entrega de gestão dos hospitais para empresas privadas, como nos casos mais recentes do Hospital Geral de Taipas e de Vila Penteado.
“As privatizações são a exterminação do serviço público”, afirmou Regina, que completou: “Todos sofrem com esse processo. Os trabalhadores municipalizados, por exemplo, nos denunciam o aumento nos casos de assédio moral e os usuários afirmam que, muitas vezes, precisam procurar outras unidades, porque o equipamento passa a atender somente a demanda referenciada ou tem o atendimento negado devido à falta de profissionais para dar conta da demanda.”
O SindSaúde-SP defende que os equipamentos públicos de saúde sejam mantidos pela administração direta e que haja mais investimentos nas estruturas e na contratação de recursos humanos por meio de concurso público.
“Os equipamentos públicos com trabalhadores concursados viraram referência no atendimento, pois contam com profissionais comprometidos e visam o bem-estar da população. No caso do atendimento prestado por uma organização social, há uma grande rotatividade dos funcionários, que não criam vínculo com os pacientes e nem se comprometem com a história da unidade”, ponderou a dirigente.
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