Notícia
O SindSaúde-SP realizou assembleia com as trabalhadoras e os trabalhadores do Hospital Regional de Assis na última sexta-feira (2) para ouvir as demandas da categoria e informou como estão as negociações da Campanha Salarial 2024 e a luta para o pagamento integral do Piso Nacional da Enfermagem.
Durante o encontro, os profissionais apontaram também a falta de pessoal e a constante redução do quadro funcional do Hospital Regional de Assis como alguma das principais reclamações em relação ao equipamento, segundo a diretora da região de Marília pelo SindSaúde-SP, Silmara Grassi.
“Mesmo com a mudança de gestão, a direção atual não tomou nenhuma medida em relação a falta de recursos humanos”, afirmou ela que completou: “Sem realizar novas contratações, continuam os problemas de assédio e sobrecarga de quem continua prestando assistência no hospital.”
Silmara ainda destacou que a nova gestão não deu andamento às reformas que são necessárias na unidade e tratou sobre o avanço nas terceirizações dos setores e como esse movimento do governo acaba indo em direção à privatização da gestão, assim como aconteceu recentemente com os Hospitais Gerais de Taipas e de Vila Penteado.
Piso da Enfermagem
O secretário de Administração e Finanças do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi dialogou com os profissionais e explicou como estão as negociações com o governo do estado e como foi o processo em defesa do pagamento integral do Piso da Enfermagem realizado por meio das audiências de mediação pré-processual no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região.
O dirigente explicou que o SindSaúde-SP é contra a inclusão da parte fixa do Prêmio de Incentivo (PI) no cálculo do pagamento. “O governo argumenta que está usando a cartilha do Ministério da Saúde para fazer o cálculo, mas o PI não atende aos três critérios estabelecidos na esfera federal para considera-la como vencimento, pois a vantagem precisa ser de caráter fixo, geral e permanente”, avaliou.
Gervásio ainda explicou que esses 50% do valor do PI pode ser retirado da remuneração, caso o profissional tenha uma ou mais faltas injustificadas ou se tiver afastamento médico por mais de 30 dias que não seja em decorrência de acidente de trabalho ou doença ocupacional, sofrendo a perda pelo período de três meses, conforme determinado pelo Decreto nº 50.174, de 4 de novembro de 2005. Ou seja, não atende aos critérios determinados pelo Ministério da Saúde.
Próximos passos
Durante a assembleia, os dirigentes coletaram as demandas dos profissionais que serão tratadas com a direção do hospital, em negociação local. “Queremos um posicionamento da atual gestão e do governo sobre o futuro do Hospital Regional de Assis”, afirmou Silmara.
Gervásio ainda convidou todos os(as) trabalhadores(as) que são filiados ao SindSaúde-SP para participarem da próxima assembleia geral, que será realizada no dia 16 (sexta-feira), às 10h, no Sindicato dos Químicos de São Paulo, na capital paulista.
Fortalecimento da luta
Diante dos informes e dos problemas apontados pelos profissionais, os dirigentes destacaram a importância dos trabalhadores se sindicalizarem, pois é somente com a união de todos, mostrando a força e a organização dos profissionais da saúde, para que o governo do estado volte a atender as reivindicações da categoria.
“Precisamos nos posicional e falar, porque quando o trabalhador se cala, ele está sendo conivente com as mazelas impostas pelo governo e é na luta que conseguimos manter nossos direitos assegurados e assim também garantir o atendimento de qualidade no SUS desse equipamento que é de fundamental importância para a nossa região como é o Hospital Regional de Assis”, concluiu a diretora regional.