Notícia
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada nessa segunda-feira (26), mostra que 70% dos brasileiros autônomos querem um emprego com carteira assinada.
A destruição dos contratos formais foi um dos efeitos colaterais da reforma trabalhista aprovada há sete anos, ainda durante o governo do golpista e hoje esquecido Michel Temer (MDB), com apoio do centrão e da extrema-direita.
À época, a CUT apresentou estudos, alinhou alianças e mobilizou as bases na luta contra mais uma dessas reformas que mudam a vida para pior. Mesmo com a derrota, a CUT continua organizada para que a reforma seja revogada.
Esse é um exemplo de como a maior central sindical da América Latina segue essencial para defender direitos da classe trabalhadora. A instituição que surge num contexto de ditadura militar no Brasil e desde o início lutou pela liberdade de expressão e organização e por democracia, foi responsável por avanços fundamentais como as eleições diretas, as políticas de combate à violência contra a mulher, a formalização das trabalhadoras domésticas, a correção da tabela do Imposto de Renda, dentre muitos outros avanços e a política de valorização permanente do salário mínimo, retomada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dentre tantas outras vitórias.
Uma agenda que inclui também lutas permanentes como a defesa da reforma agrária para garantir a justiça para camponeses e povos indígenas, a defesa da revogação da reforma da Previdência, que segue a empobrecer o povo brasileiro, o combate às privatizações e terceirizações sem limites e a garantia de trabalho digno, livre de precarização e a garantia de terra, comida e moradia a todos e todas.
Da mesma forma que sem sindicato não existiriam direitos trabalhistas, sem CUT, não haveria uma organização capaz de discutir aspectos que vão muito além da rotina laboral, mas que afetam diretamente a classe trabalhadora, como a taxa de juros, uma transição produtiva que respeite o meio ambiente e os empregos e a defesa de temas fundamentais para nós, da saúde, como a defesa de um Sistema Único de Saúde (SUS) com financiamento adequado e valorização de profissionais contratados por meio de concursos, valorizações do funcionalismo e a efetiva aplicação do Piso Nacional da Enfermagem.
Onde a trabalhadora e o trabalhador não se fazem presentes, alguém se faz e por isso a Central segue como nossa mais importante ferramenta e voz em espaços políticos.
Neste 28 de agosto, quando a CUT completa 41 anos de lutas, resistência e conquistas, o SindSaúde-SP saúda a maior organização sindical da América Latina, de olho nos novos desafios impostos para a organização do trabalho e nas novas formas de representação da classe trabalhadora.
Por muitos mais anos de resistência, por mais frentes de luta, viva a Central Única dos Trabalhadores, viva a CUT!