Notícia
O SindSaúde-SP foi às ruas para alertar a população sobre a responsabilidade das administrações municipal e estadual pela má qualidade da saúde. O sindicato entregou uma carta aberta em São José do Rio Preto, no dia 9 de setembro, em Votuporanga, no dia 12, e em Santa Fé do Sul, no dia 16. A carta denuncia a falta de condições de trabalho decente para que os profissionais da saúde desenvolvam adequadamente as atividades.
O material distribuído durante atividade comandada pela diretora do SindSaúde-SP em São José do Rio Preto, Cilmara Aparecida Figueira dos Santos, também aponta que a opção do governo do estado do estado de São Paulo em privatizar os equipamentos hospitalares faz com que existam hospitais de porta fechada, com contratos que limitam o número de atendimento. Ou que para lucrar mais, as empresas contratam um menor número de profissionais, fator que resulta em pacientes que têm o acesso negado já na porta, sendo encaminhados para outros equipamentos como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs).
O SindSaúde-SP destaca ainda que no Sistema Único de Saúde (SUS) não há limite de número de atendimentos e que falta investimento por parte do governo para melhorar o serviço, resultado de uma decisão política, já que o governo paulista coloca mais da metade do orçamento da saúde no setor privado, não contrata mais profissionais concursados e deixa de fazer a manutenção adequada dos serviços de saúde.
Aos profissionais, por sua vez, aponta a carta, resta a sobrecarga de trabalho e devido à pressão física e psicológica de atender muita gente sem que tenham condições e valorização e que devido essa situação muitos deles acabam adoecendo.