Técnica do Dieese no SindSaúde-SP leva à Itália demandas dos profissionais da saúde
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    Técnica do Dieese no SindSaúde-SP leva à Itália demandas dos profissionais da saúde
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    17/10/2024

    Crédito Imagem: Arquivo pessoal / Arte SindSaúde-SP

    Única brasileira em evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o futuro da saúde no mundo, a economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e economista, Joana Biava, levou a Turim, na Itália, as demandas que assolam as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde no Brasil. 

    O encontro World of Work Dialogues (WOW) aconteceu entre os dias 9 e 11 de outubro e reuniu nomes de todo o mundo para discutir o futuro do trabalho a partir de demandas de qualificação e novas habilidades que se farão necessárias. 

    Também na atividade que reuniu representantes da classe trabalhadora, gestores e empresários, ficou clara as diferentes realidades que marcam os países a partir das desigualdades de cada continente, já que enquanto nos países mais ricos a discussão sobre como lidar com o envelhecimento populacional se tornou urgente, as nações do sul global, países da África e América Latina, enfrentam o processo de transição demográfica, apontou Joana. 

    Os debates organizados pelo Centro Internacional de Formação da OIT tiveram como objetivo central discutir e inspirar ações para o crescimento sustentável e inclusivo, a partir das novas realidades sociais e tecnológicas e, especificamente neste WOW, como tratar do trabalho em saúde a parrtir da maior expecativa de vida no mundo. 

    Durante a intervenção no encontro, Joana ressaltou que em países do sul global como o Brasil, os primeiros anos após a pandemia da Covid-19 não trouxeram o avanço tecnológico e a valorização e melhoria nas condições de trabalho que se esperava para as trabalhadoras e trabalhadores da saúde. 

    Ela ressaltou que no Brasil, o número de profissionais da saúde cresceu muito acima da ocupação como um todo, chegando em 2023 a 5,7 milhões de pessoas, o equivalente a 6% do total de ocupados. Uma tendência presente nos últimos 10 anos, já que o número de empregados subiu 76% no segmento, enquanto o total da ocupação cresceu apenas 10%. 

    Porém, a remuneração média da área da saúde não acompanhou essa elevação. “Isso acontece pois o tipo de ocupação gerada na saúde é cada vez mais flexibilizada, processo agravado pelas reformas trabalhista e previdenciária que aconteceram em 2017 e 2019. Além disso, as restrições econômicas inviabilizaram reajustes salariais, tanto no setor público quanto privado”, explicou durante a atividade. 

    Além disso, a economista indicou que a multiplicação de formas flexíveis de contratação na saúde tem gerado uma fragmentação das trabalhadoras e trabalhadores com grandes impactos para as relações sociais, com repercussões sobre a organização sindical e política e até mesmo para pilares do Sistema Único de Saúde (SUS), diálogo e o controle social.










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