Notícia
O governo do estado publicou em Diário Oficial na última quinta-feira (24) o decreto que estabelece o percentual para o cálculo da Bonificação por Resultados (BR) referente ao exercício de 2023 para pagamento ainda este ano.
De acordo com o decreto, a bonificação será de até 8,34% sobre o somatório da retribuição mensal durante o ano de 2023 das trabalhadoras e dos trabalhadores públicos e atende aos profissionais ligados às secretarias de estado e às autarquias. Contudo, para que o pagamento seja liberado ainda é necessária a publicação da regulamentação destinando a verba.
Se o pagamento da Bonificação por Resultados for efetuado, será a primeira vez que os(as) trabalhadores(as) da saúde vinculados à Secretaria de Estado da Saúde (SES) serão contemplados e isso graças à luta do SindSaúde-SP, que cobrou a inclusão do quadro da Saúde e fez diversas caças ao governador e ao secretário de saúde.
Em uma dessas caças, o próprio secretário de Saúde, Eleuses Paiva, assumiu que houve um erro do governo, que acabou deixando os(as) trabalhadores(as) da saúde de fora do pagamento do ano passado.
Eleuses reconhece erro ao deixar Saúde de fora do pagamento da Bonificação por Resultados de 2022
Corrigido o problema e com a confirmação de que o pagamento será ainda este ano, o SindSaúde-SP cobrou o pagamento em todas as mesas de negociação com a Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH), que afirmava que os(as) trabalhadores(as) da saúde serão contemplados com a bonificação pois atingiram as metas estabelecidas em 2023.
“Esse decreto com o percentual é uma luz no fim do túnel para os trabalhadores e as trabalhadoras, pois nos dá a esperança de que a bonificação finalmente será paga, principalmente, para nossa categoria que tem salários muito defasados, mas não resolve a desvalorização”, pondera a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, e completa: “Nós queremos aumento salarial e valorização profissional efetiva.”
O pagamento da bonificação está entre as pautas de reivindicação da Campanha Salarial deste ano, mas que para ter efeitos visíveis na vida dos(as) trabalhadores(as) da saúde deveria ser somado ao reajuste de 3,47%, referente à perda inflacionária do último ano, aumento real de 2% e mais 43% da recomposição das perdas dos últimos 10 anos, como exige a categoria. O SindSaúde-SP seguirá cobrando o governo em nome dos(as) trabalhadores(as) da Saúde.