Notícia
O Dia Mundial da Saúde é celebrado em 7 de abril, mesma data em que foi fundada a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948, e para celebrar o aniversário da instituição, a OMS dá início a uma campanha de um ano sobre saúde materna e neonatal. A campanha, intitulada Inícios saudáveis, futuros esperançosos, tem como objetivo intensificar os esforços para acabar com as mortes maternas e neonatais e priorizar a saúde e o bem-estar de longo prazo das mulheres.
O SindSaúde-SP aderiu à campanha e é um dos signatários da Carta Aberta em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) que trata do mesmo tema (clique aqui e leia na íntegra). No documento as diversas entidades, coletivos e movimentos sociais que formam a Plenária Municipal/Estadual da Saúde expõem o patamar alarmante de mortes maternas na cidade São Paulo, que foi de 41,1 óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2023.
“A lista de problemas é longa. Todo mundo conhece alguém que sofreu violência obstétrica, racismo no atendimento em saúde, impedimento à presença de acompanhante no parto (um direito garantido por lei federal), proibição da participação da doula (um direito em muitos municípios, inclusive em São Paulo), falta de vaga na maternidade, cesariana indesejada, ou parto normal agressivo, falta de cuidado e sensibilidade diante de uma perda gestacional, recusa de acesso ao aborto legal, falta de apoio e orientação sobre aleitamento, entre tantas outras questões”, afirma a Plenária na carta.
As entidades ainda lembram que o serviço de aborto previsto em lei do Hospital Vila Nova Cachoeirinha segue fechado. A Plenária defende a implementação de Práticas Integrativas e Complementares, bem como ampliar o acesso, a qualidade e a segurança da atenção primária e da atenção hospitalar. “Precisamos de um modelo de assistência que privilegie a experiência positiva, respeitando as necessidades de cada pessoa e família”, defende o coletivo.
Ato Unificado do Dia Mundial da Saúde
O SindSaúde-SP participou do Ato Unificado do Dia Mundial da Saúde em Defesa do SUS, realizado nesta segunda-feira (7), na capital paulista. A atividade começou com uma aula pública, ministrada por obstetrizes, doulas e professoras da Universidade de São Paulo (USP), que defenderam a ampliação do número de obstetrizes, enfermeiras obstétricas e doulas no SUS, maior atenção às gestantes e a garantia de direitos maternos.
Além do SindSaúde-SP, representado pela vice-presidenta, Valéria Fernandes, e trabalhadores(as) da saúde estadual municipalizados(as), o ato contou com a participação do Sindsep, Sindicato parceiro de luta, e movimentos sociais e coletivos, marcaram presença na atividade em defesa do SUS, a deputada federal Juliana Cardoso (PT) e o vereador da capital, Hélio Rodrigues (PT).