Notícia
Dentre os muitos prejuízos que o capitalismo traz, um deles é o de associar valor exclusivamente à produtividade. Por isso, trabalhadoras e trabalhadores que já se aposentaram ou não possuem a mesma força que já tiveram para exercer atividades profissionais são considerados descartáveis e seus saberes negligenciados e ignorados.
A cultura é uma das poucas áreas em que esse processo tem menor impacto, ao menos, se comparado com a maneira violenta como isso se dá nos demais segmentos de nossa sociedade.
Na edição desta semana, dentre as seis dicas culturais que “6tou com o SindSaúde-SP” apresenta estão indicações que valorizam quem tem muita história para contar. No samba, a Velha Guarda da escola mais tradicional de São Paulo, a Vai-Vai, e no rock, as bandas de punk Cólera e Garotos Podres.
Ainda tem o imperdível festival do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Parque da Água Branca e dica de teatro. Vem com a gente.
O “6tou com o SindSaúde-SP” é a revista cultural semanal do SindSaúde-SP, que conta com você para trazer dicas. Mande as da sua região para nosso e-mail: [email protected] e se participar de alguma das nossas indicações, mande uma selfie pra gente pelas redes sociais.
MÚSICA
Neste sábado (10), acontece a primeira edição do “Samba da Memória” e a abertura não poderia começar de uma maneira melhor do que com a Velha-Guarda da Escola de Samba Vai-Vai, que toca na Escadaria do Bixiga, bairro que guarda a memória de tantos bambas paulistanos.
Sábado (10), a partir das 14h
Escadaria do Bixiga – Rua Treze de Maio, 750 – Bixiga
Grátis
Também neste sábado, a Casa de Cultura do Tremembé reúne duas da mais importantes bandas da história do rock brasileiro. Cólera e Garotos Podres, instituições do punk rock nacional, se juntam para tocar canções que trazem um olhar crítico às desigualdades sociais no país. Oportunidade única e na faixa.
Sábado, a partir das 17h
Casa de Cultura Tremembé – Rua Maria Amália Lopes Azevedo, 190 - Tremembé, São Paulo – SP
Grátis
Caso ainda tenha pique para ouvir um som, a recomendação é dar um pulo no Parque da Água Branca, para a 5ª edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, que além de reunir alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, e espaços de debate e ampliação do conhecimento sobre a produção da agricultura familiar, termina com uma grade de shows fora de série. No domingo, a partir das 19h, Arnaldo Antunes, CATTO, Paulinho Moska, Fat Family, FBC e Marina Lima fecham o encontro.
Domingo (11), a partir das 19h
Parque da Água Branca – Av. Francisco Matarazzo, 455 - Água Branca
Grátis
CINEMA
A mostra ‘Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena’, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil até 25 de maio, traz 12 longas e 21 curtas e médias-metragens, além de debates e sessões comentadas sobre a questão indígena no país a partir de obras produzidas por cineastas oriundos de povos originários como os Yanomami, Krahô, Xavante e Tupinambá. Os filmes tratam de temas como terra, rituais, modos de vida, natureza e resistência. Neste domingo, as dicas ficam para “ATL – Acampamento Terra Livre”, “ZAWXIPERKWER KA’A – Guardiões da Floresta” e “Tava – A casa de pedra”, que começam às 14h.
Domingo (11), a partir das 14h
Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – São Paulo/SP - Próximo ao metrô São Bento
Grátis
TEATRO
Clayton Nascimento encena o monólogo “Macacos”, que lhe garantiu os prêmios Shell, APCA e APTR de Melhor Ator, no qual apresenta uma peça que fala sobre racismo indo direto ao ponto a partir de relatos que vão do goleiro Aranha a estatísticas do Atlas da Violência, passando por histórias de Elza Soares e Machado de Assis. Em algumas sessões, a exibição conta ainda com a mãe de Eduardo de Jesus, menino morto pela polícia em 2015.
Sábado, 19h30
SESC Bom Retiro – Alameda Nothmann, 185 - Campos Elíseos, São Paulo
R$60
Outra opção que discute o racismo é “Marighella – O homem que não tinha medo”, que segue em cartaz até 1º de junho e retrata a história de Carlos Marighella, não apenas como político, mas também como homem negro, marinheiro e educador que buscou liberdade e justiça em um Brasil marcado pela opressão.
Sábado, às 20h30
Teatro Paiol Cultural – Rua Amaral Gurgel – Vila Buarque, São Paulo
R$30